Os consumidores espanhóis reclamam pouco e não sempre bem. Os experientes asseguram que, ainda que há sectores como a banca ou a telefonia que não gozam de muito boa fama por parte dos utentes, outros também fazem, às vezes, certas jugarretas que passam desapercibidas, mas que podem se reclamar.
É o caso da hotelaria. Segundo Fernando Longoria, do Bufete Giraldillo, um dos abusos que se costumam dar neste âmbito é o de anunciar uma série de platos, fora de carta, sem informar de seu preço. E, depois, a surpresa chega no tique final. Assim mesmo, outros aproveitam para carregar conceitos ambiguos como o "de serviço" ou "por coberto". No entanto, o comensal, muitas vezes por desconhecimento e outras porque os custos não costumam ser elevados, passa de reclamar estas situações e assume ditos despesas sem rechistar.
Direitos dos consumidores
Existem direitos como o de desistência , o da honra ou o de informação, à hora de realizar uma mudança, por exemplo, que ainda muitos espanhóis desconhecem. Assim mesmo, existem organismos públicos que velam por estes interesses e que são gratuitos.
Há Escritórios Municipais de Informação ao Consumidor e Direcções Gerais de Consumo de Comunidades Autónomas. A estes centros pode-se ir para fazer uma reclamação, uma denúncia ou consultar um expediente. No entanto, é possível que alguns destes serviços públicos estejam um pouco colapsados.
Maiores garantias e folhas de reclamações
Por outro lado, em Espanha agora a garantia se ampliou dos 2 aos 3 anos, ainda que ainda há consumidores e compradores um pouco perdidos que desconhecem as especificações e detalhes desta mudança.
Assim mesmo, as folhas de reclamações podem ajudar muito, mas em algumas CCAA asseguram que, por percentagem, se pedem e recheiam poucas vezes. A gente não sempre conhece todos seus direitos, e também obrigações, como consumidores e as travas burocráticas, como disse o próprio Juan Roig, de Mercadona, não sempre ajudam à hora de plasmar uma queixa ou uma situação abusiva.