Não há via de comunicação que se lhe escape ao mundo publicitário. No transporte público, em redes sociais, por correio electrónico, em nossos próprios círculos pessoais… Todo o meio que rodeia a um consumidor está repleto de marcas.
Neste sentido, as grandes responsáveis são as agências de branding. Estas companhias encarregam-se de ligar marcas e clientes. O objectivo é que estes se sentam identificados com as companhias. Explica-o a Consumidor Global Olga Llopis, CEO de Comuniza.
Como afecta o 'branding' aos consumidores
Comuniza é uma agência de branding . Este tipo de negócios têm um vínculo indireto com o cliente final. Oferecem ferramentas às marcas para que liguem com público objectivo. "O branding, principalmente, o que faz é gerir as percepções dos utente", explica Llopis a este meio.
"O consumidor associa uns valores e atributos à cada marca. A partir desse conhecimento, a ideia é que se gere uma conexão emocional e que os utentes tenham preferência por comprar essa marca, produto ou serviço em frente à concorrência", argumenta a CEO de Comuniza.
Criando necessidades
Branding e publicidade não são exactamente o mesmo. Ainda que, evidentemente, vão da mão. No terreno do primeiro, há um trabalho mais em longo prazo que tem que ver com identificar mensagens finques. As campanhas publicitárias "são acções que têm um início e têm um final", em palavras de Llopis. É o caso do Black Friday ou o Natal, por exemplo.
"O que fazemos é lhe dar à marca ferramentas para que cubra as necessidades dos utentes", sublinha a experiente. "Se levamo-lo a um extremo, estas necessidades podem-se criar como serviços ou produtos novos", sustenta.
O caso de Amazon
Para poder entender de que vai tudo isto do branding, Llopis tomada como referência Amazon. "É uma marca que está muito centrada na conveniência. 'Levo os produtos que precises num clique e em seguida o têm em casa ou onde queiras'", sublinha a CEO.
"As comunicações navideñas de Amazon falam muito da rapidez de entrega e ofertas especiais porque é o que está em seu DNA", acrescenta. Assim, a experiente em branding deixa claro que no eixo de comunicações navideñas, o marketplace não lhe dá tanta prioridade à emoção como sim fazem outras marcas.
Bombardeio publicitário
O utente está muito bombardeado a nível publicitário pelo volume de mensagens que recebe. Llopis assim o reconhece e acrescenta: "Um dos grandes reptos para as marcas é como conseguir um trocito de atenção dos consumidores para que realmente tenha um impacto". A sobreexposición publicitária não é algo que se limite a datas concretas como o Natal.
Trata-se de uma exposição diária, segundo a CEO de Comuniza. Neste sentido, cabe propor-se se o consumidor voltou-se impermeable às mensagens publicitárias. "Esta é uma das chaves. É fundamental ser autêntico. Funciona muito bem o ponto de emoção, uma criatividade mais impactante ou a personalização [dos anúncios]", responde Llopis.
Publicidade que defrauda
A publicidade enganosa é uma realidade. Mas também há muitos casos nos que o utente se sente defraudado por essa publicidade ou marca. O motivo? Vamos a um exemplo concreto retomando o caso de Amazon. A companhia promete uma qualidade em seus serviços que não sempre cumpre. As críticas pelos atrasos nos envios ou os problemas para as devoluções são milhares na rede.
"Ao final uma marca é uma promessa que fazes ao consumidor. Se não a cumpres, não funciona", explica Llopis. Estes erros por parte das marcas são crises que devem gerir as empresas. Como? "Há que ver a cada caso concreto", expressa Llopis. A CEO da Comuniza deixa claro que o branding consegue identificar as necessidades dos utentes. Um terreno no que a segmentação do público resulta chave para ligar emocionalmente com a cada um dos consumidores.