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O cartão revolving Alcampo Oney: usura e práticas abusivas

É desanimador que as autoridades não intervenham de forma diligente para deter os ultrajes cometidos pelos financiadores associados aos supermercados e distribuidores.

Alejandro Tercero García

O videoblog de Alejandro Tercero, sobre o cartão rotativo Alcampo Oney / CG

O escândalo dos cartões revolving é um dos que mais indignação tem causado nos últimos anos. Já sabem, trata-se de cartões de crédito normalmente oferecidos por grandes supermercados, revendedores ou entidades financeiras para adiar os pagamentos de compras com juros exorbitantes.

 

De facto, há várias sentenças que condenam os emissores destes cartões por considerar que os juros, que sempre estão acima ds 20%, são usuários. É o caso da Alcampo e o seu cartão Oney, que recebeu uma série de decisões dos tribunais.

Mas o abuso destas empresas não se limita aos juros desmesurados que aplicam pelas compras financiadas, mas também tratam de agrupar os clientes a outros serviços que, muitas vezes, não precisam. E, o pior de tudo, serviços dos quais se desvincular é missão quase impossível.

Na Consumidor Global temos denunciado os métodos pouco éticos utilizados pela Alcampo e o seu cartão Oney. Há clientes que demoraram meses (e inúmeros telefonemas) em conseguir desvincular-se de um serviço de assistência jurídica que praticamente não utilizavam.

Outros afectados relatam ue levaram um ano a cancelar a subscrição de uma apólice de seguro dentário subscrita através de Alcampo e Oney. Um verdadeiro inferno, com ameaças de sanções se devolverem os recibos.

É realmente desanimador que multinacionais como Alcampo e Oney atuem desta forma tão despótica e perjudicial para os interesses dos consumidores sem que as autoridades façam nada para o impedir.