"Apaixonar-se é uma forma de loucura socialmente aceitável", diz-lhe uma amiga a Theodore (Joaquin Phoenix), o protagonista do filme Her, quem apaixona-se de um sistema operativo com a voz de Scarlett Johansson. Segundo os experientes, o Tinder do futuro não estará bem longe disso: o amor através de um ecrã.
A entrada de Apple no mercado da realidade virtual e aumentada com suas gafas inmersivas, anunciadas o passado junho para 2024, tem aberto um novo palco que pode "transformar muitas indústrias em pouco tempo", augura o presidente da consultora Multiplica, David Boronat.
As gafas de realidade virtual
A presencialidad que oferecerão as gafas de realidade virtual aos utentes "transformará nossa maneira de nos relacionar e consumir lazer", aponta o experiente sobre um gadget ligeiro que fará que os móveis sejam a cada vez mais prescindibles.
Segundo Boronat, esta tecnologia "convidar-nos-á a deixar de ser meros observadores" e "permitir-nos-á sentir emoções como medo, ternura, conexão ou desejo de uma maneira que outros formatos multimédia não têm conseguido transmitir até a data".
O Tinder do futuro
Chegados a este ponto, "poder-se-ia abrir a caixa de Pandora das relações", opina Boronat. O que parece evidente é que "teremos novas relações e amizades fazendo uso de mundo virtuais", porque em lugar de estar sozinhos em casa vendo Netflix, "preferiremos socializar em qualquer de seus formatos".
Por este motivo, não resulta estranho pensar que "sairemos a unir sem sair de nossas casas com nossas gafas de realidade virtual postas, e assim poupar-nos-emos algum que outra decepção em Tinder", vaticina o especialista.