Salga L'Horta, o teatro de Valencia que apela ao espírito solidário para se salvar

O espaço cultural, Prêmio Nacional de Artes Escénicas para a Infância e a Juventude 2023, pede respostas políticas "à altura da tragédia"

Varias personas ayudan a limpiar los estragos ocasionados por la DANA en el Teatro de L’Horta, en Castellar, Valencia ROBER SOLSONA EP
Varias personas ayudan a limpiar los estragos ocasionados por la DANA en el Teatro de L’Horta, en Castellar, Valencia ROBER SOLSONA EP

Salga-a L'Horta, um teatro privado que abriu suas portas no ano 1995 no bairro de Castellar-l'Oliveral (Valencia) e que tem sofrido as consequências da DANA, reivindica que "a cultura também é uma ferramenta de recuperação".

Ante a paralisação da actividade do sector, desde o teatro apelam ao espírito solidário da pandemia para que as instituições "estejam do lado da cultura, como fizeram nessa situação de emergência".

O teatro e a DANA

Assim o expressou o diretor da Salga l'Horta, Alfred Picou, quem tem sublinhado que "o grémio da cultura também tem que seguir vivendo" e que "não podem fazer ERTE e ERE porque os actores cobram por funções".

"A gente não tem direito a se distrair? Considera-se frívolo nossa arte?", tem criticado Picou em referência à cancelamento de muitos espectáculos em municípios que não têm sido danificados.

'Show must go on'

Ante esta situação, Picou anima àquelas prefeituras que não se tenham visto afectados pela DANA a continuar com as actividades culturais programadas, porque "o entretenimento também é importante" numa crise.

La sala vacía / L'HORTA TEATRE
A sala vazia / L'HORTA TEATRE

Deste modo, tem fazer# questão de que desde a Salga L'Horta "esperam" que as companhias teatrais possam "seguir adiante" com seus espectáculos para assim "não fazer esta bola económica maior".

As ajudas institucionais

Também tem pedido que "os políticos estejam à altura e sejam sensíveis com quem estão a sofrer os efeitos da DANA direta e indirectamente".

Porque salga-a L'Horta "não é a única" que tem sido afectada dentro do grémio das artes escénicas, sina que há muitas companhias que se tinham que transladar aos povos e que não poderão o fazer. "Gostaria que desta emergência me recorde à pandemia porque nessa época as instituições estiveram ao lado da cultura e eram conscientes de que nossa actividade se tinha visto paralisada", acrescenta.

Danos materiais

O presidente de salga-a L'Horta tem detalhado que o espaço tem sido afectado pelo temporal "material e economicamente", e que têm estado "toda uma semana" de limpeza.

Por uma parte, à sala entrou-lhe varro e têm tido que a limpar inteira, "inclusive baixo do palco". Ainda que, felizmente, o água não tem atingido às butacas. Mas o material técnico que guardavam no armazém da sala também se viu danificado e está por determinar a magnitude dos danos.

Funções canceladas

Por outra parte, os danos económicos estão relacionados com as funções infantis que tinham contratadas com outras companhias, como Albena Teatre, e outros espectáculos da própria Salga L'Horta que não poder-se-ão realizar. "Ainda que as inmediaciones fossem adequadas para poder abrir, não poderíamos porque muitos colégios estão a ser realocados e a campanha escoar se viu paralisada", lamenta Picou.

Ademais, nesta semana a sala localizada em Castellar-l'Oliveral tinha oito funções programadas como companhia que têm sido canceladas, ao igual que algumas da seguinte, porque o baixo onde guardam as cenografias se inundou e têm tido que sacar todas as decoraciones e as analisar uma por uma para ver que se pode recuperar e daí não.

A data de reapertura

Pese a tudo, o diretor da sala se mantém otimista sobre a data de reapertura.

"O fim de semana que vem tentaremos cumprir compromissos, tentaremos fazer os espectáculos infantis para procurar a normalidade. Estou seguro de que vamos continuar", asevera.

Uma grande rede de solidariedade

De facto, se têm podido limpar a sala com esta celeridade é graças à "rede de solidariedade" que tem rodeado à equipa do teatro. "Estou muito contente com a grande quantidade de colegas, amigos e gente que trabalha em L'Horta, além de outras pessoas voluntárias de Castellar, que se acercaram a ajudar", sublinha o diretor do teatro.

"Enchemos-nos todos de varro, o trabalho se avançou e é muito de agradecer", sentença Picou, quem espera que o teatro volte à Sala L'Horta o quanto antes.

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