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Ryanair denuncia os "piratas" da eDreams e apela à proibição do "esquema" de subscrição do Prime
A companhia aérea irlandesa critica a agência de viagens em linha por enganar os utilizadores com "margens ocultas e descontos fictícios".
Nova polémica entre a Ryanair e a eDreams. A companhia aérea irlandesa apresentou uma reclamaçãojunto ao Ministério de Direitos Sociais, Consumo e Agenda 2030 contra a agência de viagens online eDreams. Fá-lo no meio de uma guerra aberta sobre a cobrança de taxas adicionais a quem compra voos através da plataforma.
Ademais, a companhia aérea pede a proibição do modelo de assinatura eDreams Prime, que estaria a enganar os utilizadores mediante "uma combinação de margens ocultas e descontos fictícios".
Ryanair carrega contra a eDreams
Assim o denunciou a Ryanair na sua conta oficial do X (Twitter), onde exigem ao ministro de Consumo, Pablo Bustinduy "proibir a fraude da eDreams Prime que engana e cobra a mais aos consumidores espanhóis", reza o tweet.
Exigimos ao Ministro de Consumo espanhol que proibe a fraude da eDreams "Prime" que engana e cobra a mais aos consumidores espanhóis pic.twitter.com/drufm4zjg8
— Ryanair Espanha (@Ryanair_É) April 29, 2024
A Ryanair baseia a sua queixa no facto de que os consumidores estariam a pagar uma quota de 64,99 euros a troco de "descontos de 100% dos seus voos, alojamentos e alugueres de carros", umas bonificaciones que tacha de "fictícias" e fazendo com que, através desta assinatura, "pagam as margens ocultas da eDreams, pelo que não obtêm nenhum benefício".
A assinatura da eDreams
Fundamenta a sua denúncia supondo que a agência online de viagens (OTA, nas suas siglas em inglês), estaria a usar "condições de contratação onde se renova a sua quota de assinatura sem o consentimento dos consumidores".
A aerolínea tem acrescentado que seguem fazendo campanha "para proteger a nossos clientes de OTAs piratas como eDreams".
Voos mais carvos
Como exemplo dos factos, a Ryanair remeteu um exemplo com as suas próprias tarifas para um voo entre Reus (Tarragona) e Londres, onde o voo teria um custo de 23,29 euros; a escolha de assento outros 30 euros e a selecção de uma mala de 20kg, outros 22,99 euros, dando um preço total de 76,28 euros se adquire-se através do seu site.
No entanto, se se adquire o voo através do website da OTA e adquire-se a assinatura Prime, as tarifas ascendem a 31,35 euros o voo (+35% face ao preço inicial); 33,21 euros o assento (+11%) e 25,92 euros a mala (+13%), o que, somado ao custo da assinatura (64,99 euros), eleva o custo da viagem ao dobro, até 155,47 euros (+104%).
A guerra entre a Ryanair e a eDreams, um conflito que paga o consumidor
Esta guerra entre as duas empresas vem a acontecer desde há tempo, pela negativa da Ryanair em que a eDreams comercialize os seus voos.
Muitos clientes que compraram os seus voos através da agência têm denunciado ter que fazer o check in de forma presencial pagando 30 euros. Essa era uma das medidas que tomou a companhia aérea para evitar que os clientes comprassem os voos através da agência.
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