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Ryanair e as consequências da queda da Microsoft: "deixou-me encalhada mas Vueling salvou-me a vida"
A companhia aérea cancelou o voo de um cliente na sexta-feira devido à falha do sistema da Microsoft, que deixou multinacionais de todo o mundo sem serviço.
As polémicas da Ryanair são um clássico. Não é estranho que a companhia aérea protagonize capas de jornais e críticas nas redes sociais. Um exemplo é a guerra aberta com as agências de viagens online como a eDreams.
Desta vez, a companhia aérea está no centro das atenções depois de ter deixado um cliente na mão na passada sexta-feira, o dia da queda de Microsoft. A paragem dos sistemas informáticos da empresa tecnológica perturbou o tráfego aéreo. Milhares de voos em todo o mundo sofreram atrasos e milhares foram cancelados.
Voo cancelado
Andrea P. tinha uma viagem programada para Sevilha na passada sexta-feira, 19 de julho. No entanto, a sua escapada viu-se encalhada quando a Ryanair lhe cancelou o voo devido à falha informática da Microsoft.
A companhia aérea deu-lhe duas opções: colocá-la num novo voo no dia seguinte, de graça, ou reembolsar-lhe o dinheiro. O voo "gratuito" de sábado de manhã estava cheio, pelo que a única opção era voar à noite e perder metade do fim de semana", conta.
"A Vueling salvou-me a vida"
A passageira optou pela devolução do dinheiro, que ainda não recebeu. Ademais, teve que procurar outra solução para não perder o fim de semana en Sevilha.
"Comprámos outro voo na Vueling para as 7 horas da manhã de sábado por 115 euros por pessoa. Salvou-me a vida", diz. Perdemos oito horas em Sevilha, 81 euros por pessoa no voo e a noite de hotel na sexta-feira, que nem a Ryanair se responsabilizou nem o hotel nos deixou cancelar", diz.
Uma volta com atraso
Os problemas com a companhia aérea irlandesa não se limitaram à viagem de ida. Também na volta, planeada no domingo, 21 de julho a última hora da tarde.
"A Ryanair atrasou-nos o voo quase duas horas. Tínhamos que chegar às 23:30 e chegamos mais tarde da uma da madrugada", confessa Andrea P.
Causa de força maior
A queda da Microsoft afectou milhares de empresas de todo mundo, especialmente as companhias aéreas que tiveram que cancelar boa parte dos trajectos programados para a passada sexta-feira.
Nesta ocasião, os afectados como Andrea P. não têm direito a reclamar uma indemnização. Segundo o Regulamento Europeu 261/2004, que regula os direitos dos passageiros, há circunstâncias nas quais não se pode exigir compensação se existe uma causa de força maior acreditada, tal como explicam da Reclamador.es. A falha do sistema de Microsoft é uma destas excepções. O único que pode fazer a afectada é esperar até que a Ryanair realize o reembolso do bilhete na conta bancária.
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