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Investigam Ticketmaster por inflacionar os preços dos bilhetes para Oásis com seu sistema dinâmico

O Reino Unido recordou que a fixação dinâmica dos preços não é ilegal, mas pode violar a proteção dos consumidores.

Juan Manuel Del Olmo

A diretora-geral da Ticketmaster, Ana Valdovinos / A. Pérez Meca - EUROPA PRESS

Ticketmaster voltou a fazer asneira. A empresa, que detém uma grande fatia do bolo da venda de bilhetes para concertos e eventos ao vivo, tem sido alvo de muitas críticas e controvérsia ao longo dos anos e os seus problemas parecem estar a multiplicar-se. Agora, como noticiado pela CNN, a Autoridade da Concorrência e dos Mercados (CMA) do Reino Unido anunciou que vai investigar se a empresa informou os fãs dos Oasis de que os bilhetes poderiam estar sujeitos a preços dinâmicos.

Este sistema de fixação de preços resulta problemático porque as tarifas ajustam-se em função da procura, o que pode levar a um aumento significativo das tarifas em determinados eventos. Ademais, a Ticketmaster é acusada de falta de transparência, o que costuma gerar frustração entre os utilizadores.

Os problemas dos preços dinâmicos

Segundo expôs a CMA, estabelecer preços dinâmicos não é ilegal per si, mas "pode violar a protecção do consumidor ou a lei de concorrência em determinadas circunstâncias". Por isso, a entidade examinará se os clientes foram pressionados para comprar entradas rapidamente a um preço mais alto do que pensavam gastar no início.

Um mural de Liam e Noel Gallagher da banda britânica Oásis em Manchester, Grã-Bretanha, a 29 de agosto de 2024 / ADAM VAUGHAN - EFE

Nesta linha, a CMA acrescenta que a legislação sobre consumo é clara: os lugares de venda de entradas devem ser transparentes e dar ao cliente informação clara e precisa sobre os preços. Chegado o caso, o organismo público poderá empreender acções legais contra a Ticketmaster, que, por enquanto, está a cooperar.

Cinco horas na fila

Segundo a CNN, alguns dos fãs dos Oásis que tentaram comprar entradas para a digressão 2025 durante os últimos protestaram nas redes sociais pelos preços inflacionados, as longas esperas e os erros no site. Por exemplo, uma pessoa assegurou que a sua sessão "caducou" após ter estado cinco horas na fila virtual.

A repercussão do caso levou a que a Comissão Europeia tenha aberto também uma investigação contra a empresa norte-americana, segundo revelou o The Guardian.