O sinal são os restos arqueológicos que se apreciam a ambos lados da estreita estrada que conduz ao faro. A inércia, e a dificuldade para estacionar o carro, fazem que os turistas passem de longo. Mas, se um diminui a velocidade, um pouco mais adiante, a mão esquerda, a terra se abre caminho entre os arbustos e possibilita o estacionamento. Ao descer pelo caminho, chega-se a uma pedregosa cala sem nome onde se esconde um diminuto porto refugiado de marés, ventos e gente. Ao fundo, sobre as rochas, uma torre vigía e o faro de Cavallería, o mais alto da ilha de Menorca , controlam a entrada de mar. O mar é um plato.
É aqui. Este é o lugar. Sanitja é um dos portos mais pequenos e desconhecidos de Menorca. Um rincão de postal que foi acampamento militar, para defender a costa norte dos piratas, e uma das principais cidades da ilha a. de C.
A história
"Como populações tem Iamo, Sanisera e Mago", escreveu Plinio o Velho em seu livro Naturalis História III, que data do ano 77-78 d. C., sobre as principais cidades de Menorca naquela época: Cidadela, Sanitja e Mahón.
Os yacimientos arqueológicos, tanto terrestres como acuáticos, pois se encontraram numerosas ánforas fechables entre os séculos I e IV d. C., dão boa prova da importância de Sanisera, cidade fundada no século II a. de C., e de seu porto, zona de trânsito e refúgio marítimo. Também se encontraram os alicerces de uma basílica paleocristiana e de uma minúscula mesquita rural, a única que se conhece em Menorca. Uns restos que contribuem um toque mágico a este rincão.
Um porto para enmarcar
Na actualidade, os berços são finos trozos de madeira sem pulir sozinho aptos para equilibristas. As pequenas barcas também são de madeira, como o é o caballete que um homem tem instalado junto a uma casa de pedra semiderruida. Através dela, pinta o mar e a atalaya construída pelos britânicos no século XVIII.
Bordeando a orla em direcção ao faro, chega-se a Cala Viola de Ponent, um conjunto de três calas com vistas privilegiadas para ver como o sol se mete no mar sem sair do água.
O faro e os búnkeres
Construído no alto de um alcantilado de 79 metros, o faro de Cavallería é o mais alto da ilha e é um lugar estratégico desde o que se domina grande parte da costa norte de Menorca.
A seus pés há um bar que costuma estar aberto de maio a outubro, e nos arredores se encontram numerosos búnkeres da Guerra Civil espanhola que acordam evocaciones de tempos passados e a senda que nunca se tem de voltar a calcar.