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O Museu do Prado viaja a Chinesa com 69 obras de Goya, O Greco e Velázquez

O museu nacional leva o esplendor da arte espanhola a Shanghái com uma exposição temporária sem precedentes

Teo Camino

La actriz María de Guerrero como 'La Dama Boba', Joaquín Sorolla y Bastida, Madrid, Museo Nacional del Prado MUSEO DEL PRADO

O Museu do Prado viaja a Chinesa . Ages of Splendor. A history of Spain in the Museu do Prado' (Anos de esplendor. Uma história de Espanha no Museu do Prado), assim se chama a exposição que poder-se-á ver no Art Pudong Museum de Shanghái, a partir do próximo 23 de abril, com algumas das melhores obras de Velázquez, Goya ou O Greco, entre outros grandes artistas.

Trata-se de uma selecção de 69 obras conservadas na pinacoteca espanhola, entre elas três obras do Greco, quatro de Velázquez, seis de Rubens e oito de Goya, que o Museu do Prado cede até o 1 de setembro à empresa chinesa Shanghái Lujiazui Development (Group) Company Limited.

Das Colecções Reais a Chinesa

Entre as obras prestadas, o Prado tem cedido a Macaca Lisa, numa secção especial denominada In Focus, que permitirá conhecer a história do quadro desde o século XVIII, quando se encontrava nas Colecções Reais, até sua restauração no Prado em 2011. Seu empréstimo soma-se ao das outras 69 pinturas e completar-se-á com três obras sobre papel (também do Museu) que mostram o estado da Macaca Lisa dantes de 2011.

Instalação de Versos (As meninas), de Vik Muniz ,nas salas da exposição temporária do Museu do Prado / KIKO DELGADO (EFE)

Assim, o Prado pretende mostrar a excelência e exclusividade das colecções do Prado considerando também aquelas obras que demonstram o interesse da arte européia pelas diferentes culturas de Ásia, em especial de Chinesa, desde o século XVI até o XIX.

A maior exposição do Prado em Chinesa

A exposição com o maior número de obras que o museu espanhol tem feito até agora em Chinesa está articulada em torno de diferentes relatos e oferece discursos complementares. Através das onze salas, o visitante poderá conhecer a evolução social e política de Espanha durante mais de quatrocentos anos, desde o reinado de Carlos V até os inícios do século XX.

 

Ademais, presta-se especial atenção ao desenvolvimento de determinados géneros como a mitología, o bodegón e a pintura religiosa, a cada um dos quais ocupa salas específicas, destacando a dedicada ao nu, que evoca a Sala Reservada que existiu no Prado durante suas primeiras décadas de andadura. A mostra poder-se-á visitar até o 1 de setembro, quando os quadros dos grandes maestros iniciarão a viagem de volta a Espanha.