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Kolsquare, a ferramenta gratuita que calcula os seguidores reais dos influencers em TikTok

A plataforma especializada em marketing tem sacado uma extensão para Google Chrome que permite aos utentes 'consultar' a credibilidade de seus perfis favoritos na rede social chinesa e em Instagram

Ana Siles

Ana Moyano estratega de marketing de Kolsquare

As redes sociais e os influencers fazem parte de nossa rotina diária. Instagram e TikTok estão repletos de vídeos que promovem produtos e que os consumidores compram de forma compulsiva. A grande pergunta é: até que ponto são fiáveis essas pessoas que nos bombardeiam com publicidade?

Kolsquare é uma plataforma internacional especializada em marketing de influencers tem lançado ao mercado uma nova ferramenta para Chrome que mede a credibilidade dos KOLs (Key Opinion Leader, líderes de opinião). Consumidor Global tem tido a oportunidade de charlar com Ana Moyano, estratega de marketing de Kolsquare, sobre seu novo serviço e como repercute aos utentes.

--Em que consiste Kolsquare Analytics, sua nova extensão para Google Chrome?

--É uma ferramenta disponível para Instagram e TikTok que permite aos utentes analisar de forma singela todas as estatísticas dos influencers, incluímos automaticamente a todos aqueles que tenham mais de 5.000 seguidores. O objectivo é ajudar às marcas a identificar qual é o mais idôneo para as campanhas de marketing.

--E daí analisa-se exactamente?

--Temos dados relevantes do influencer como o engagement, dados demográficos de seus seguidores e a procedência dos likes. Num mundo tão absolutamente capitalizado por criadores de conteúdo é importantíssimo diferenciar quem está a seguir ao influencer.

--Como utente, que vantagens pode ter para mim esta ferramenta?

--O mais importante da pontuação de credibilidade é que nos ajuda a conhecer a percentagem de audiência real. Nós consideramos que uma pontuação a partir de 70 é adequada. Se tens três milhões de seguidores como María Pombo, é muito difícil que todos sejam contas reais e que não tenha bots. Serve-nos, tanto ao consumidor como à marca, para identificar se esse influencer tem audiência real ou está baseada em fakes .

Uma influencer, afectada pela nova lei / FREEPIK - @lookstudio

--Até que ponto influem os criadores de conteúdo em nossas compras?

--Segundo um estudo de Statista, em Espanha o 22% dos utentes compram por influência dos criadores de conteúdo. Isto é, há muita gente que está a ser influenciada para a compra. E nós queremos que se faça de uma forma transparente.

--Que feedback tem recebido por parte das pessoas e empresas que já têm usado vossa varra lateral de Chrome para analisar aos influencers?

--As marcas destacam a poupança de tempo. Quando se propõe uma campanha com influencers, se selecciona a vários e esta ferramenta permite saber se encaixam ou não dentro das necessidades da companhia. Há muitos criadores de conteúdo que não têm os três milhões de followers que lhe comentava, mas que contam com outro tipo de audiência.

As apps de Facebook e Instagram num móvel / PEXELS

--As empresas preferem perfis com muitos seguidores ou todo o contrário?

--Evidentemente, temos muitíssimo mais alcance com um perfil de milhões de seguidores que com um de 100.000. Mas também há criadores que têm um engagement muito forte com 5.000 followers. Depende dos objectivos das marcas e a campanha. O que agora sim lhe posso dizer é que procuram a autenticidad 100% porque o utente está cansado de tanta recomendação, de tanta publicidade.

--A que se refere com o da autenticidad?

--Refiro-me à autenticidad de conteúdo. Por exemplo, faz um tempo TikTok ditou uma nova modalidade com vídeos mais rápidos e próximos, menos editados…

--Como captam nossa atenção os influencers?

--Eu acho que as agências e as marcas o que fazem para captar a atenção dos consumidores é o uso da criatividade com os influencers. A publicidade clássica, com anúncios em televisão, funciona com um target concreto. Em redes sociais prima a criatividade. Se mandamos a um criador de conteúdo um guião muito padronizado e este costuma ser natural ou espontáneo, não chama a atenção. Acho que todas as marcas e agências estão a procurar a conexão com a audiência.

--Não acha que as redes incentivam o consumo em massa?

--O tema do consumo em massa vai depender muitíssimo da marca e do influencer. Achamos que há uma tendência muito grande para a responsabilidade e transparência nas redes sociais. Não todo o vale, e nos últimos anos há uma tendência para o consumo responsável.

--Considera que a transparência nas métricas dos criadores de conteúdos é a tendência futura?

--Está pensada para que as marcas e as agências possam eleger de uma forma correcta aos influencers. No entanto, eu sim acho que a transparência quanto aos dados dos criadores de conteúdo é a tendência. Todos queremos saber se é verdade ou não o que nos estão a dizer. Parece que qualquer ao ver um story identifica rapidamente se tem sido um presente da marca, mas não é verdade. Devemos ter em conta que nas redes sociais há muita gente com diferentes idades e interesses. Então, a transparência dos influencers sim deve ser (e é) a tendência do futuro para que os utentes confiem mais neles.