Doze coisas que deves ter em conta dantes de comprar uma moto de segunda mão

Trata-se de um sector que não para de crescer, bem seja pelo preço pela demora para conseguir o modelo novo, pela multidão de ofertas do mercado ou pelo uso que se lhe vai a dar

Una moto similar a las que utilizas las empresas de motosharing   PIXABAY
Una moto similar a las que utilizas las empresas de motosharing PIXABAY

A cada vez mais espanhóis procuram comprar-se uma moto de segunda mão, bem seja pelo preço menor que têm com respeito às novas, pela demora para conseguir o modelo novo que querem, pela multidão de ofertas do mercado ou pelo uso que se lhe vai a dar, especialmente com a volta ao trabalho após o verão.

O caso é que, se trata de um sector que não para de crescer. De facto, segundo dados que maneja AMV, a empresa líder na comercialização on-line de seguros de motos, em 2023 se venderam quase meio milhão de motos de segunda mão, o que corresponde a que, pela cada moto nova matriculada, se venderam duas motos de segunda mão. E o sector segue crescendo, no primeiro semestre de 2024, a oferta de motos de ocasião tem-se triplicado e vendeu-se um mais 1% de motocicletas e um mais 0,2% de ciclomotores de segunda mão que no mesmo período de 2023.

As despesas que implica

Mas, quando chega o momento de procurar uma moto de segunda mão surgem uma série de perguntas como quais são as despesas ao comprar uma moto de segunda mão? Quem paga a mudança de titularidade? Pode-se comprar uma moto com multas e quem se faz cargo delas? A compra sempre tem IVA?

El precio de los seguros de moto se dispara / EP
O preço dos seguros de moto dispara-se / EP

Por isso, os experientes de AMV nos mostram todo o que temos que saber sobre as despesas que implica comprar uma moto de segunda mão:

1. Relatório da moto

Dantes de adquirir uma moto usada é recomendável solicitar um relatório do veículo para conhecer qual é sua situação legal. Ainda que a Direcção Geral de Tráfico (DGT) permite obter diferentes tipos de relatórios, os mais aconselháveis à hora de adquirir uma moto usada são:

  • Relatório reduzido. Contém informação sobre a data da primeira matriculación da moto em Espanha e se tem alguma incidência que impeça sua transferência ou circulação. Também informa se há algum aviso de telefonema a revisão pendente. Este relatório é gratuito.

  • Relatório completo. Inclui toda a informação administrativa, identificação do titular, município onde está domiciliada a moto, historial de Inspecção Técnica de Veículos (ITV), kilometraje, número de proprietários, ónus, dados técnicos, pontuação EuroNCAP, telefonemas a revisão pendentes e manutenção. Este relatório tem um custo de 8,67 euros e no site da DGT explicam como o pagar, bem seja o solicitando por Internet ou de maneira presencial.

2. Reserva de domínio

Se temos-nos decantado por solicitar um relatório completo poderemos saber, por exemplo, se o titular da moto está a pagar um crédito por ela. Nesse caso, é importantíssimo saber que, quando se financia uma moto, o banco comunica à DGT que a mesma tem uma reserva de domínio. Trata-se de uma cláusula que indica que a entidade financeira gozará da propriedade e titularidade da moto até que não se liquide o empréstimo. Portanto, o dono de uma moto financiada não pode a vender salvo que se tenha cancelado a reserva de domínio. E isso supõe pagar o crédito e fazer as seguintes gestões:

- Solicitar uma nota simples no Registro da Propriedade onde esteja matriculada a moto.

- Entregar dito documento à entidade financeira para que acredite que se realizou o pagamento da moto em sua totalidade mediante uma carta de pagamento.

- Apresentar esta carta de pagamento e uma carta de cancelamento no Registro da Propriedade.

- Pagar as taxas correspondentes.

- Comprovar na DGT que a gestão se realizou correctamente e não pesa nenhum ónus sobre a moto.

O normal é que seja o dono da moto quem assuma as despesas de cancelamento de reserva de domínio. Mas se não pode saldar a dívida com o banco há outras fórmulas legais: ou bem o comprador passa a ser titular do crédito e assume a dívida da moto com a entidade financeira ou paga o preço da moto por adiantado para que o vendedor possa saldar sua dívida com o banco.

3. Contrato de compra

É importante sempre preencher e assinar um contrato ao comprar uma moto de segunda mão. Não supõe nenhuma despesa e a DGT facilita descarregar o contrato de compra de um veículo usado entre particulares. Em dito documento os experientes de AMV recomendam que apareçam, no mínimo, estes dados:

- Dados do comprador. Nome e apellidos ou razão social e seu RG/NIE/CIF.

- Dados do vendedor. Nome e apellidos ou razão social e seu RG/NIE/CIF.

- Dados do veículo. Marca, modelo e matrícula.

- Preço de venda.

- Data e hora em que se assina o contrato.

4. Imposto de Transmissões Patrimoniais (ITP)

Quanto aos impostos associados à aquisição de uma moto usada, terá que pagar o Imposto de Transmissões Patrimoniais (ITP) se a operação de compra se realiza entre particulares. O ITP liquida-se mediante o modelo 620 ou o modelo 621 da Agência Tributária na comunidade autónoma onde se encontre o domicílio fiscal do comprador.

O tipo impositivo do ITP varia de uma comunidade autónoma a outra. E calcula-se a partir dos preços médios dos veículos a motor publicados pelo Ministério de Fazenda no Boletim Oficial do Estado (BOE). Ou em função da antiguidade da moto, sua cilindrada e sua potência.

5. Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)

Se compramos a moto de ocasião a um estabelecimento especializado, uma empresa ou um autónomo, terá que pagar o IVA. Actualmente, o tipo impositivo do IVA para as motos de segunda mão é de 21%.

6. Imposto de Veículos de Tracção Mecânica (IVTM)

Do mesmo modo, quando se compra uma moto usada há que mudar seu domicílio fiscal para pagar o Imposto de Veículos de Tracção Mecânica (IVTM) municipal ou também conhecido como imposto de circulação, seu custo varia dependendo do município.

Dos personas circulan con sus ciclomotores / PEXELS
Duas pessoas circulam com suas ciclomotores / PEXELS

7. Mudança de titularidade da moto

Outro das despesas da compra de uma moto de segunda mão é a mudança de titularidade do veículo na DGT e também corresponde ao comprador. Temos um prazo de 30 dias, desde a assinatura do contrato de compra, para realizar a transferência do veículo em Tráfico. Os custos de dita gestão são de 27,85 euros para ciclomotores e de 55,70 euros para motos.

8. Gestoría

Se não queremos nos ocupar ou não temos tempo de realizar todos estes trâmites, o melhor é que contratemos a uma gestoría. É verdade que é uma despesa adicional, mas estaremos bem mais tranquilos de que toda a "documentação" se realiza de maneira correcta.

9. Inspecção Técnica de Veículos (ITV)

Quando se compra uma moto de segunda mão, outro das despesas que tem de assumir o comprador se quer a conduzir é a Inspecção Técnica de Veículos (ITV), se a moto não a tem passada. Os ciclomotores passam sua primeira inspecção aos três anos de ter sido matriculados. E, posteriormente, a cada dois anos. As motos aos quatro anos desde seu matriculación e depois a cada dois anos.

10. Seguro da moto

Finalmente, não há que esquecer que para circular e passar a ITV é necessário assegurar o veículo. Para motos de segunda mão, deve-se valorizar que modalidade de seguro eleger (terceiros, roubo e incêndio ou todo o risco), em função do uso que lhe dêmos à moto e do valor da mesma (já seja, económico ou sentimental).

À hora de estimar a despesa que pode supor o seguro de uma moto de segunda mão, se deve ter em conta que, o tipo de moto, a informação do condutor, a modalidade e as coberturas eleitas são factores que intervêm no preço final do seguro, pelo que é recomendável ver diferentes opções, já que este será uma despesa fixa enquanto possuamos a moto. Seja a moto que seja, especialistas em seguros de moto como AMV oferecem a possibilidade de calcular on-line orçamentos sem compromisso de forma rápida, singela e 100% on-line.

11. Multas

Outra das questões que se propõem muitas pessoas é se se pode comprar uma moto de segunda mão com multas e quem se faz cargo delas em caso das ter impagadas. Pois se sobre o veículo pesam sanções de tráfico por infracções leves, seu dono pode vendê-la e ao comprador não lhe afecta nem tem que se fazer cargo das pagar.

Outra coisa é que se trate de faltas de maior gravidade. Segundo a Lei sobre Tráfico, Circulação de Veículos a Motor e Segurança Via: "o titular de um veículo não poderá efectuar nenhum trâmite relativo ao mesmo quando figurem como impagadas no historial do veículo quatro sanções firmes em via administrativa por infracções graves ou muito graves".

12. Garantia

Para finalizar, é importante saber que uma moto de segunda mão tem garantia. Se adquirimo-la a um particular, a garantia é de seis meses. Mas pode-se pactuar um prazo diferente entre ambas partes. E se a moto compra-se a um estabelecimento, a garantia deve ser, ao menos, de um ano.

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