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Os coleccionistas desprezam a arte criada com inteligência artificial

Este tipo de obras "não têm potencial para ser tão valiosas como as tradicionais", segundo o último estudo de Hiscox

Teo Camino

Un coleccionista fotografía una obra de arte hecha con inteligencia artificial en el Bombas Gens Centre d’Arts Digitals JORGE GIL EP

O 84% dos coleccionistas de arte acha que o que se gera com inteligência artificial (IA) não tem o "potencial" para ser tão valioso como o tradicional em termos económicos, segundo o Relatório da Arte e Inteligência Artificial 2024.

Pese à diferença de critérios em torno do potencial, este estudo realizado por Hiscox também revela que o 71% dos aficionados e o 61% dos coleccionistas estão familiarizados com o conceito de arte gerada por IA.

Os coleccionistas desprezam a arte feita com IA

Os resultados do estudo baseiam-se em dois encuestas realizadas entre maio e junho de 2024 a coleccionistas de arte e aficionados, e revelam que tão só um 3% dos coleccionistas acha que este tipo de arte criada com IA é bem mais importante em comparação com os meios artísticos tradicionais.

'Femme à a montre', o quadro de 1932 de Picasso leiloado em 2023 por 130 milhões de euros / ANDY RAIN

Os motivos principais? Seu enfoque inovador e vanguardista da criatividade. No entanto, no caso dos aficionados, esta percentagem ascende ao 31%.

O entusiasmo dos aficionados

As diferenças de critério entre aficionados e coleccionistas se evidencian na expansão da IA. E é que o 71% dos aficionados à arte afirma se sentir entusiasmado em frente à rápida evolução da IA, em frente ao 33% dos coleccionistas.

"Este pioneiro informe trata de resolver uma das questões fundamentais de nossos dias: o impacto da inteligência artificial num mercado tão relevante como o da arte", destaca a diretora da divisão de arte e clientes privados de Hiscox Espanha, Eva Peribáñez.

Os reptos do mercado da arte

Poderá este tipo de arte ser algum dia tão valioso como o criado por humanos? Qual é seu potencial para criar novos mercados fosse do tradicional?

"Sem dúvida nosso estudo é um primeiro passo na direcção correta, já que permite-nos seguir desenhando um mapa útil para preparar para os reptos aos que se enfrenta o mercado da arte", aponta a especialista.