A Marinho González, CEO de Boombastic , não têm deixado de lhe repetir nestes meses que a ideia que tinha em sua cabeça era uma autêntica loucura. Ele tem claro que "a magia" deste sector consiste em isso, em fazer loucuras "porque se não, serás um mais". O repto que tem assumido este empresário asturiano é o de levar o festival de música Boombastic ao parque de atrações PortAventura, com o objectivo de elevar duas experiências de lazer ao máximo nível.
"Boombastic PortAventura é o primeiro festival do mundo que se celebra num resort temático, o que faz que tenha uma diferença total com qualquer outro evento", explica González a Consumidor Global. Esta proposta terá dois parques temáticos, um parque acuático e três palcos com mais de 40 artistas como protagonistas durante um fim de semana.
Um festival num parque de atrações
Boombastic PortAventura celebrar-se-á no resort temático de Tarragona nos dias 4, 5 e 6 de julho e neste mesmo domingo 4 de fevereiro saem à venda as entradas, para as que tem tido um registro prévio de 20.000 pessoas. Tendo em conta que o aforo é de 30.000 assistentes, o CEO do festival vaticina que os abonos "esgotar-se-ão muito rápido".
Marinho González explica que esta proposta surge da necessidade de levar a experiência Boombastic "um par de passos para além". Após ser o evento musical referente da geração Z em várias cidades de Espanha começando por Llanera, Astúrias (onde nasce), Madri, Fuengirola ou Alicante, a organização põe toda a carne no asador com uma proposta única e muito atrevida no segundo parque de atrações mais importante de Europa.
Um "escaparate mágico" para Boombastic
"Queremos realçar essa ideia de estar a desfrutar de um parque temático ao mesmo tempo que de um festival de música. Que possas estar a baixar do Dragon Khan e entrar ao festival para desfrutar dos concertos", descreve González. A olhos da organização, Boombastic e PortAventura eram dois "complementos perfeitos" para procurar esse feito diferenciador do resto de propostas porque "há muitíssimos festivais" e PortAventura converte-se em "escaparate mágico" para Boombastic.
Entre os primeiros nomes confirmados para o evento estão Nicki Nicole, Natos e Waor, Funzo & Baby Loud, Recycled J ou Álvaro de Lua, entre muitos mais. Estes concertos começarão sobre as 18:00 da tarde e alongar-se-ão até as 03:00 da madrugada, contam desde a organização.
Os hotéis substituem o camping
O alojamento nos festivais Boombastic sempre tem sido o camping anexo ao recinto de concertos. Nesta ocasião, as habitações de seis hotéis temáticos integrados no parque substituirão as míticas lojas de campanha dos festivais. É por isso que se oferecem diferentes tipos primeiramente com diferentes preços.
"Terá um abono que só inclua o acesso ao festival, outro com acesso ao parque e concertos e finalmente um que inclua alojamento num dos hotéis de PortAventura", explica Marinho González. Apesar de que o empresário faz questão de que o público objectivo deste festival segue sendo o mesmo de sempre, a geração Z ou os jovens dentre 18 e 25 anos, é verdadeiro que os preços distan um pouco do bolso deste colectivo.
Preços e abonos
O abono de acesso único ao festival parte de 49,90 euros, enquanto a entrada para festival e parque pode-se comprar desde 115 euros. Por último, o pack de entradas ao festival, parques e alojamento os três dias tem um preço de 342 euros. Ademais, desde a organização explicam que o parque não estará fechado ao público nesses dias, sina que poderá assistir público general que só vá a PortAventura.
Jordi Oliva, experiente em gestão cultural e professor da Universitat Oberta de Cataluña (UOC), enmarca o nascimento desta proposta num contexto no que a música se converte num complemento mais da experiência. "Há uma busca hedonista, de prazer pela novidade para levar a experiência de um parque de atrações a algo mais sensorial", justifica Oliva.
A música como acrescentado à experiência
Em sua opinião, a proposta de Boombastic PortAventura "está bem" sempre que se lhe dêem oportunidades a artistas, ainda que, por outro lado, critica que se "cosifique" a música e se converta num "acrescentado a um produto comercial", lamenta.
"Ao final os festivais converteram-se em grandes armazéns de experiências, supermercados nos que te podes inchar a comer e beber com música de fundo. Ao final a música passa a ser sozinho mercadoria", conclui o professor.