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O decálogo da OCU para evitar fraudes nas rebajas
A entidade recorda a importância de conservar o ticket e aconselha comparar produtos dantes de adquirir um
As rebajas podem ser uma excelente oportunidade para adquirir produtos de qualidade a preços reduzidos, mas também podem converter numa armadilha: se o comprador não se anda com olho, podem erigirse num trampolín que leva a realizar compras impulsivas e a gastar mais do necessário, por não falar das inumeráveis fraudes que povoam a rede.
Às vezes, os consumidores têm a sensação de que estão ante uma oportunidade única que não podem deixar escapar (uma saia de Zara de edição limitada ou um móvel com um descuentazo) e acabam pecando, mas o verdadeiro é que as promoções não sempre são tão abultadas como parece. Com tudo, segundo os dados do Informe de Natal 2024 de Webloyalty, os espanhóis elevarão um 30% sua despesa em compras 'on-line' em Natal, até atingir os 213 euros em media.
Despesa em rebajas
Em mudança, segundo as encuestas da Associação Espanhola de Consumidores, os espanhóis gastarão nestas datas uma média de 181 euros, 17 euros mais que em 2024, pese a que um 81% dos interrogados acha que os descontos não supõem uma rebaja adicional.
O 84% dos consumidores afirma que realizará compras durante as rebajas, e o 93% dos mesmos destinará seu orçamento a roupa e calçado.
Recomendações da OCU
Para concienciar ao consumidor e resumir de forma clara os principais riscos aos que se pode enfrentar durante as rebajas, a Organização de Consumidores e Utentes (OCU) tem publicado agora um decálogo.
Em primeiro lugar, a entidade recalca que as normas estabelecem que os produtos devem ter fazer# parte da oferta habitual do estabelecimento durante ao menos, um mês. Isto é, que não vale que tenham chegado ao comércio de turno uns dias dantes. Em segundo lugar, os artigos devem mostrar, junto ao rebajado, seu preço original, ou bem indicar de forma clara a percentagem da rebaja.
Qualidade e garantia
Ademais, a qualidade dos produtos rebajados não pode se diferenciar em nada da que tinham dantes de estar rebajados: nada de colar artigos defeituosos ou com alguma tara oculta.
Em quarto lugar, a OCU aponta que a garantia e o serviço postventa deve ser igual, independentemente de que o produto se compre durante as rebajas ou fora desse período. Neste sentido, todos os bens de consumo duradouro têm, por lei, uma garantia de três anos. Ademais, os fabricantes estão obrigados a garantir a existência das peças para poder consertá-los.
Condições especiais
"Em caso que estabeleçam-se condições especiais para o período de rebajas (limitações no meio de pagamento ou nas devoluções), os estabelecimentos estão obrigados a indicá-lo expressamente", assinala a OCU.
Para evitar sustos, o mais recomendável é conservar sempre o ticket, um documento indispensável para qualquer reclamação, mudança ou devolução.
Mudanças e devoluções
Se o produto está em perfeito estado, precisa a OCU, o estabelecimento não está obrigado ao mudar (salvo se assim o anuncia ou publicita expressamente), ainda que a maioria dos comércios o fazem, pois é uma boa prática comercial.
"Em qualquer caso, não têm por que te devolver o dinheiro: podem mudá-lo também por outro artigo ou um vale", argumentam.
Compras on-line
Em sétimo lugar, a OCU recorda que, nas compras on-line, o consumidor está "especialmente protegido": tem 14 dias naturais para devolver seu compra se não lhe convence.
Finalmente, advertem da importância de comparar dantes de comprar algum electrodoméstico ou aparelho eletrónico e de não se deixar levar por compras impulsivas.