Há novos interrogantes na mobilidade da capital espanhola. O Tribunal Superior de Justiça de Madri (TSJM) tem anulado as Zonas de Baixas Emissões da capital ao considerar, entre outras questões, que não tinha suficientes relatórios prévios, sobretudo a respeito do impacto económico que teria a aprovação da Ordem. Isto é, que para alguns condutores sem muitos recursos económicos esta limitação zonal era um pau demasiado grande.
Assim, a pergunta que se fazem muitos madrilenos é se agora poderão aceder com seu carro às zonas que até agora tinham vetadas. Mas, por enquanto, não é aconselhável o fazer, já que a Prefeitura de Madri seguirá multando, já que a resolução do TSJM não é firme.
O acesso continua proibido
De facto, a Prefeitura já tem avisado que recorrerá. O delegado de Urbanismo, Meio ambiente e Mobilidade, Borja Carabante, tem afirmado que as ZBE que têm sido anuladas na sentença seguem vigentes e que, se baseando na jurisprudencia, não anular-se-ão as multas impostas. "Segue estando proibido o acesso a ditas zonas se um não conta com o distintivo ambiental correspondente", tem recordado o delegado.
A Prefeitura pretende ir para além e proibir a circulação dos camiões, furgonetas, motos e ciclomotores sem etiqueta ambiental a partir de 1 de janeiro de 2025: tal e como detalham desde Eurotaller, os veículos mais antigos, os que não cumprem com os regulares de emissões de dióxido de nitrogênio (NOx) e partículas finas, terão vetado o acesso a estas áreas. Esta regulação afecta, principalmente, a veículos diésel matriculados dantes de 2006 e a carros de gasolina anteriores a 2000.
A quanto ascendem as multas
Pelo momento, os veículos sem distintivo ambiental não registados na capital que acedam à ZBE de Madri e a ZBEDPE Praça Elíptica se enfrentam a uma sanção de 200 euros.
Por sua vez, Automovilistas Europeus Sócios tem anunciado ao prefeito de Madri que pedirá a imediata paralisação da tramitação das multas impostas por aceder às Zonas de Baixas Emissões (ZBE) e a devolução do já cobrado, que estima em mais de 330 milhões de euros repartidos em 1,7 milhões de multas.