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Assim têm conseguido que Ryanair devolva o suplemento cobrado por levar bagagem de mão
O artigo 97 da Lei de Navegação Aérea obriga às companhias a transportar este bulto sem nenhum custo adicional
De Ryanair já disse-se praticamente de tudo. Faz uns anos, muitos viajantes valorizavam positivamente seus preços baixos, mas a reputação da aerolínea irlandesa parece ter piorado notavelmente nos últimos tempos, depois de uma inumerável sucessão de abusos ao consumidor derivados de seu modelo de negócio low-cost.
Um dos últimos capítulos desta longa história de desencuentros o protagoniza uma sócia de Facua, que tem conseguido que a companhia lhe devolva os 13,20 euros que lhe tinha cobrado para subir sua bagagem à cabine. Molesta e disposta a brigá-lo, enviou toda a documentação à entidade, que se fez cargo da reclamação.
Um extra pela bagagem de mão
Para poder levar consigo a bagagem de mão, esta consumidora teve que seleccionar Prioridade & 2 Peças de bagagem de mão, uma opção que fez subir 13,20 euros (6,60 euros por trajecto) sua tarifa básica. "Vi-me obrigada a pagar pela bagagem de mão porque ao final, por pouco que leves na viagem, o que precisas não cabe numa mochila", assinalou a afectada, que pagou ao todo, por seus bilhetes de ida e volta de Sevilla a Santiago, 74,38 euros.
Para além do sobrecoste, que neste caso é pequeno, o que recorda insistentemente a associação de consumidores é que há que cumprir a lei. Assim, a entidade advertia a Ryanair em seu escrito que tinha vulnerado o regulamento vigente, já que o artigo 97 da Lei 48/1960, de 21 de julho, de Navegação Aérea, obriga às companhias aéreas a transportar a bagagem de mão do passageiro sem nenhum custo adicional sobre o preço do bilhete.
Uma resolução depois da multa histórica
Esta resolução extrajudicial chega uns meses após que o Ministério de Direitos Sociais, Consumo e Agenda 2030 impusesse uma multa histórica de 150 milhões de euros a Ryanair, Easyjet, Vueling e Volotea por cobrar a bagagem de mão em Espanha. O Governo considerou que estas companhias levavam a cabo "práticas abusivas" e cometiam infracções de tarificación extra pela reserva do assento contíguo para acompanhar a menores.
Por desgraça, os consumidores que sofrem este tipo de vulneraciones de seus direitos se contam por milhares. Por exemplo, faz só uns dias, Ryanair foi condenada a devolver o dinheiro que tinha cobrado a um passageiro por plotar o cartão de embarque no balcão. Nesta linha, faz uns meses a aerolínea reprogramó um voo três vezes e negou a um passageiro o reembolso ao que tinha direito.
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