Os loteros estão em pé de guerra e têm lançado um pulso ao Governo. Estão decididos a ir à greve nos dias 22,23 e 24 de dezembro se Loterias e Apostas do Estado não atende uma de suas principais reivindicações: aumentar a comissão que se levam pela cada décimo que vendem.
De facto, os loteros, desde faz duas décadas, somente levam-se uma prima de 4 %, que equivale a 0,80 euros por papeleta. Das vendas na loteria nacional de quinta-feira a sábado levam-se um 6 % enquanto nos jogos activos um 5,5 %. O grémio assegura que faz 17 anos que não lhes actualizam o que se levam pela cada décimo vendido pelo que estão dispostos a chegar até o final para provocar um "grande colapso" os dias mais importantes do ano, aqueles no que os espanhóis vão às administrações depois do sorteio de Natal para cobrar os prêmios.
"Concorrência desleal"
O sector considera que esta cifra é injusta e que se deve subir já, ao menos a uma comissão do 6 % por papeleta. Se não há acordo com Loterias e Apostas do Estado a greve prolongar-se-á durante os dias posteriores ao Sorteio de Natal, pelo que os jogadores que tenham sido abençoados pela fortuna não poderão cobrar seus esperados prêmios. Joaquín Monroy, porta-voz da associação Loteros na luta, tem assegurado que "o dinheiro para pagar não é infinito" e há vezes que os ganhadores, se não podem cobrar seu prêmio porque não há mais dinheiro, se põem "muito nervosos e violentos".
Ademais, outro dos motivos que lhes empurra a ir à greve é a "concorrência desleal" que existe, já que Loterias e Apostas do Estado também vende décimos por internet. "Nós não nos estamos a levar o nosso", consideram desde o grémio.