Ano novo, creme de cacau nova. Depois da polémica que saltou com o untable de Carlos Rios, Mercadona tem lançado um produto muito similar, também com dátiles, mas desta vez remplazando as castañas por escareas .
Os dois cremes querem ser a versão mais healthy do supermercado em frente à Nutella e a Nocilla, ao ter menos calorías. A do realfooder Carlos Rios passou o corte dos nutricionistas –ainda que tinha erros em seu etiquetado– e foi bastante criticada por sua textura. Mas como é a de Mercadona ?, qual é a valoração dos experientes?
Preço e 'packaging' do creme de Mercadona e a de Carlos Rios
Com um peso de 200 gramas a cada uma, a de Hacendado está fabricada em Itália pela empresa Nutkao. Só se vende na corrente de distribuição valenciana e tem um preço de 2,50 euros. A de Rios pode-se adquirir unicamente em Alcampo e custa um pouco mais: 2,95 euros.
Por fora, o produto com o selo realfooding vem embalado num bote de plástico, enquanto a de Hacendado inclui-se num tarro de cristal reutilizável, muito parecido aos que sempre tem usado Nocilla e muitos coleccionam em suas casas.
Castañas vs. escareas
Açúcar, leite, cacau e escareas, esta é a receita original da Nutella e da Nocilla, os cremes mais populares dos lineares do supermercado. Mercadona tem querido ser fiel a esta combinação e tem-se decantado por escarea-las (inteiras) para elaborar sua untable. Carlos Rios, por outro lado, tem preferido as castañas e em puré.
"Quando se utiliza o formato tipo creme o alimento se deve conservar na geladeira, porque tem água e sua conservação é mais efémera", explica Mario Sánchez, tecnólogo dos alimentos e youtuber (SelfiFood). Neste caso, Carlos Pombo, nutricionista na consulta Vitasane de Sevilla, também puntúan positivamente o uso de escareas inteiras no creme do supermercado de Juan Roig.
Análise nutricional destes doces
O creme de cacau de Carlos Rios está feita com castañas, água, sal, dátiles, cacau desgrasado, azeite de oliva virgen extra e massa de sementes de sésamo. A de Mercadona, em mudança, está composta por escareas, pó de dátiles, azeite de girasol, gordura de cacau e cacau desgranado em pó.
Segundo Pombo, "o creme de Hacendado tem mais gorduras que a do realfoofing, porque leva azeite de girasol e gordura de cacau". Nesse sentido, e como sublinha, Sánchez, as 580 kilocalorías do produto de Mercadona se devem ao tipo de gorduras empregadas. Mas "é o normal neste tipo de alimentos, já que afinal de contas estamos a falar de um creme de cacau", recorda.
Dátiles sim ou não?
Os dois cremes têm um ingrediente comum, o dátil. Desde faz uns anos, este fruto oriental tem-se colado nas receitas dos reposteros mais healthies das redes, que têm visto nele um substituto efectivo do açúcar. Não obstante, este ingrediente apresenta-se de maneira diferente na cada uma dos cremes. Na de Hacendado vem em pó, enquanto na de Carlos Rios emprega-se inteiro. "Sempre é melhor o alimento íntegro, porque quando está granulando há uma maior concentração de açúcares e desaparece a fibra", assinala Pombo.
Na etiqueta do creme realfooding não figura a quantidade de dátil que usa, um aspecto que se criticou muito em seu momento. Mas o influencer defendeu-se assegurando que tinha entre um 13-15 %. Não obstante, a dia de hoje, segue sem constar a quantidade exacta na etiqueta. Por outro lado, no creme de Mercadona os dátiles representam um 20 % da composição.
A que sabem estes cremes de cacau
Tanto Pombo como Sánchez o têm claro. O creme de cacau de Mercadona vontade em sabor à de Carlos Rios. "O produto de Carlos Rios não o entendo muito", incide Pombo quem considera que se acerca mais a uma mousse. A julgamento deste experiente, apesar de que tem uma correcta composição nutricional e é baixo em calorías, "não considero que deva de levar o nome de creme, porque não o é", enfatiza.
Sánchez também se decanta neste sentido pela de Hacendado . "Prefiro a de Mercadona, mas é um empate, já que a nível nutricional a de Rios é mais correcta, mas a nível organoléptico prefiro a de Hacendado, assemelha-se mais aos untables tradicionais", explica. Em qualquer caso, os dois experientes incidem na necessidade de etiquetar os dois cremes como alimentos de consumo ocasional porque são produtos ultraprocesados.