A Comunidade de Madri já está a estudar proibir os patinetes no Metro após a explosão ocorrida ontem num comboio da linha 2 ao estoirar o motor de um destes aparelhos. A medida está a analisar-se no seio do Conselho Regional de Transportes e na Consejería de Moradia, Transportes e Infra-estruturas, após que nesta terça-feira explodisse a bateria num comboio parado na estação da Elipa, sem que se registassem feridos, mas deixando o vagão totalmente calcinado.
A capital somar-se-ia assim à linha fixada por Cataluña no passado mês de fevereiro, onde o que se proibiu foi tanto o acesso aos veículos como às próprias infra-estruturas (estações, plataformas...) de transporte público depois da explosão de um patinete no serviço de Caminhos-de-ferro da Generalitat de Cataluña (FGC) em novembro de 2022, deixando neste caso três feridos.
Explosão num vagão
"Está a analisar-se as causas dessa explosão e tanto o Consórcio Regional de Transportes como Metro de Madri está a valorizar a oportunidade ou não de proibir sua entrada no transporte público", tem assegurado o porta-voz regional, Miguel Ángel García, que tem agregado que "assim que se tenha o estudo" tomar-se-á a decisão, mas que "sim se está a estudar" essa opção.
Devido à explosão desse patinete, Metro teve que interromper durante três horas o serviço em quatro estações da Linha 2, as que unem Alsacia com Manuel Becerra desde as 17.40 horas. O acidente causou danos no solo e numa das portas do vagão, bem como tentativa de fumaça que se foi estendendo pelas plataformas da estação da Elipa, que teve que ser desalojada pelo pessoal do suburbano.
Os polémicos patinetes eléctricos
Desde sua chegada às cidades, os patinetes eléctricos têm gerado debates sobre mobilidade. De facto, a Autoritat do Transport Metropolità (ATM) do área de Barcelona tomou a decisão de prorrogar até o 31 de outubro a entrada dos mesmos em seus transportes à espera de culminar uma proposta de regulação definitiva.
Em Paris retirou-se o serviço municipal de patinetes eléctricos depois de promover a prefeitura da capital francesa um referendo no passado mês de abril atal efeito. O resultado foi de 90% contra estes meios de transporte. Isso não implica que estes não se possam mover pela cidade, mas sim a oferta se reduziu consideravelmente.