O Índice de Preços de Consumo (IPC) subiu três décimas em dezembro com relação ao mês anterior e recortou um ponto sua taxa interanual, até o 5,8 %, sua cifra mais baixa desde novembro de 2021, quando se situou no 5,5 %, segundo o avanço publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O dado de dezembro, que deverá ser confirmado por Estatística em meados do mês que vem, é cinco pontos inferior ao bico atingido no passado mês de julho, quando a inflação escalou até o 10,8 %, seu nível mais alto desde setembro de 1984.
Cinco meses consecutivos de descensos
Assim, com a moderación registada em dezembro, a inflação soma cinco meses consecutivos de descensos em sua taxa interanual após que em agosto baixasse três décimas, até o 10,5 %; em setembro diminuísse 1,6 pontos, até o 8,9 %, em outubro reduzisse-se 1,6 pontos, até o 7,3 % e em novembro recortasse medeio ponto sua taxa interanual, até o 6,8 %.
Segundo o INE, a moderación do IPC interanual até o 5,8 % em dezembro deve-se, principalmente, a que os preços da electricidade sobem menos que em dezembro de 2021 e a que os combustíveis registam um descenso maior que o do ano passado.
O aumento de preços do fumo e os alimentos
Por sua vez, destacam, ainda que em sentido contrário, o vestido e calçado, cujos preços diminuem, mas menos que em dezembro de 2021.
Ao mesmo tempo, assinalam o aumento dos preços do fumo e os alimentos elaborados.
A inflação subjacente
O INE incorpora no avanço de dados do IPC uma estimativa da inflação subjacente --sem alimentos não elaborados nem produtos energéticos--, que em dezembro subiu seis décimas, até o 6,9 %, se situando mais de um ponto acima do IPC general. Em termos mensais --dezembro sobre novembro--, o IPC registou uma ascensão de três décimas, em frente ao descenso de uma décima do mês anterior.
No último mês de 2022, o Índice de Preços de Consumo Harmonizado (IPCA) situou sua taxa interanual no 5,6 %, mais de um ponto inferior à registada no mês anterior. Por sua vez, a variação mensal estimada do IPCA foi de 0,1 %.