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O IPC dos alimentos dispara-se mais de 15% em outubro: estes são os que mais sobem

Açúcar, leite, ovos, carne, pan e cereais, entre outros, se encarecen dois dígitos apesar dos grandes benefícios económicos dos supermercados

Consumidor Global

Um consumidor vê o rótulo numa marca de alimentos / PEXELS

O Índice de Preços de Consumo (IPC) moderou-se ao 7,3 % em outubro pelas baixadas da luz e o gás, mas os alimentos dispararam-se um 15 %, segundo os dados definitivos publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Mais especificamente, o Índice de Preços de Consumo (IPC) aumentou três décimas em outubro com relação ao mês anterior e recortou inesperadamente sua taxa interanual 1,6 pontos, até o 7,3 %, sua cifra mais baixa desde janeiro, justo dantes de declarar-se a guerra em Ucrânia, quando o IPC se situou no 6,1 %. Com esta moderación registada em outubro, a inflação soma três meses consecutivos de descensos em sua taxa interanual.

Os preços dos alimentos atingem um novo recorde

Segundo o INE, a moderación do IPC interanual até o 7,3 % em outubro deve-se, principalmente, à baixada dos preços da electricidade e, em menor medida, ao abaratamiento do gás. De facto, o grupo de moradia moderou mais de 11,5 pontos sua taxa interanual, até o 2,6 %, devido ao menor corte da electricidade e o gás.

Vários consumidores olham os preços dos alimentos / EP

No extremo contrário, em outubro subiram, de novo, os preços dos alimentos. Sua taxa avançou um ponto, até o 15,4 %, a mais alta desde o começo da série, em janeiro de 1994.

Os que mais sobem

Destaca, especialmente, o encarecimiento dos legumes e hortaliças, a carne, e o leite, o queijo e os ovos. No último ano --outubro de 2022 sobre o mesmo mês de 2021--, o que mais tem subido de preço têm sido os combustíveis líquidos (+66,3 %); outros azeites (+58,9 %); o açúcar (+42,8 %); as farinhas e outros cereais (+37,8 %), e a mantequilla (+34,1 %).

Ademais, outros muitos alimentos registam subidas de dois dígitos em seus preços, como os legumes e hortaliças frescas (+25,7 %); os ovos (+25,5 %); o leite (+25 %); os azeites e gorduras (+23,9 %); os cereais (+22,1 %); os produtos lácteos (+19,9 %); o pão e a carne de vacuno (+14,9 % em ambos casos); os preparados de legumes e hortaliças (+13,9 %); as frutas frescas (+12,8 %); outros preparados alimentares (+12,4 %); a carne de porcino (+12,3 %); crustáceos, moluscos e preparados de pescado (+12 %); café, cacau e infusiones (+11,9 %), e o pescado fresco e congelado (+11,2 %).