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Este é o preço que pagarás por tua moradia e a idade à que comprá-la-ás

O 86,9 % dos vendedores são pequenos proprietários e a razão maioritária de pôr a casa em venda é a mudança de residência ou para liquidar uma herança

Alberto Rosa

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O 80,7% das pessoas que compraram uma moradia de segunda mão no ano passado foram casais. O motivo principal de compra-a foi a mudança de casa e a idade idade média situou-se nos 41,4 anos.

Assim se desprende do estudo do perfil tipo das pessoas compradoras e vendedoras através de agências imobiliárias durante 2023, realizado pela Federação Nacional de Associações Imobiliárias (FAI).

O perfil do comprador de moradia

Mais concretamente, o 43,1% foram famílias com filhos/as, o 37,6% não tinha filhas/vos, o 15,2% foram pessoas individuais e o 4% foram empresas, segundo as agências imobiliárias interrogadas.

Uma mulher revisa os custos ocultos de comprar um casa / FREEPIK

Comparado com 2022, cresce levemente a percentagem de casais com descendentes, passando de 42,5% em 2022 ao 43,1% em 2023, e o repunte é algo maior nos casais sem filhos, que passa de 35,7% ao 37,6%. Também aumenta ligeiramente o perfil de empresa como comprador (de 2,8% ao 4%) e baixam, moderadamente, os compradores individuais ( de 18,7% ao 15,2%).

O preço médio

Sobre o preço da moradia mais demandada pelos potenciais compradores, não o de preço final de venda, tem passado de um valor médio de 168.252 em 2022 a 183.609 em 2023.

O estudo também analisa o motivo de compra das moradias adquiridas para residência habitual, que seguem sendo as que mais se venderam em 2023. O principal motivo foi o de proprietários que mudaram de casa, com um ligeiro descenso com respeito a 2022 (de 63,2% ao 61,2%) e um ligeiro aumento nas pessoas que compraram pára emanciparse (de 19,2% ao 21,4%). Mantém-se praticamente igual a percentagem de pessoas que mudaram o aluguer por uma casa em propriedade (17,5% e 17,3%).

Perfil do vendedor de moradia usada em 2023

Quanto ao perfil mais frequente de vendedor de moradia através de imobiliárias, o 86,9% foram pequenos proprietários e o 2,6% foram grandes tenedores com 10 inmuebles em propriedade ou mais. O 5,1% foram entidades bancárias, o 2,8% empresas e o 2,4% promotoras de obra nova.

Uma pessoa compra uma casa / FREEPIK

A média de idade situou-se nos 53,08 anos, sendo o perfil maioritário o das pessoas dentre 50 e 60 anos (44,7%), seguido do dentre 40 e 50 anos (31,1%) e o das pessoas dentre 60 e 70 anos (17,5%).

Os principais motivos de venda

O 35,1% dos vendedores fizeram-no porque mudaram de primeira residência, o 30,8% para liquidar uma herança, o 15,3% por causa de um divórcio ou separação, o 8,2% por necessidade económica, o 5,3% por mudança de segunda residência e o 4,8% para recuperar o investimento ao adquirir a propriedade

A procedência do estoque de moradias que ofereceram as imobiliárias em venda foi, no 49,4% dos casos, de inmuebles utilizados como residência e o 30,2% de liquidações de herança. Com menor percentagem, o 12,5% eram inmuebles que dantes estavam alugados, o 2,7% pertenciam a fundos de investimento, o 2,4% procediam de execuções hipotecarias, o 2,1 eram propriedades de promotoras e o 0,8% eram propriedades de grandes tenedores.

O sector imobiliário pede mais medidas

Dados em mãos, o presidente da Federação Nacional de Associações imobiliárias, José María Alfaro, destaca a fortaleza do sector imobiliário como um valor seguro para os pequenos proprietários e ahorradores.

Um bloco de andares com moradias à venda / FREEPIK

Não obstante, apela à necessidade de impulsionar mais medidas desde o Ministério de Moradia e as comunidades autónomas para que as pessoas mais jovens, com rendimentos médios e careçam de poupanças tenham menos dificuldades à hora de adquirir uma casa para residir.

Facilitar o acesso à primeira moradia

Neste sentido, valoriza a aprovação por parte do Governo central dos avais de 20% de hipoteca-a para compra-a da primeira moradia habitual para jovens e famílias com menores a seu cargo, como leva reivindicando FAI desde 2021. Mas, remarca que será eficaz "sempre que se tramitem com a necessária agilidad que requer um comprador e sem travas burocráticas".

Ademais, assegura que esta medida deveria de ir acompanhada de outras, como rebajas promotoras na compra de uma primeira moradia habitual, bem como da agilización para construir moradia pública, especialmente em aluguer, que permita criar novas zonas periféricas que destensar os preços nos centros urbanos mais caros.