Para os amantes dos Queen, ressuscitar a voz de um dos melhores vocalistas da história da música rock como é Freddie Mercury pode converter-se num experiência única. E um ritual é o que significou a escuta colectiva que reuniu uns poucos privilegiados que poderam escutar em estreia mundial a nova canção dos Queen, Face it Alone, em tecnologia imersiva Dolby Atmos.
Foi há uns dias quando a histórica banda lançou de surpresa uma nova canção, após oito anos e com a inconfundível e potentosa voz de Freddie Mercury. Estreou-se em plataformas o videoclip do tema e a Dolby aproveitou a ocasião para mostrar um remix da canção que inclui esta técnica de som envolvente para oferecer uma experiência diferente de ouvir aos seus fãs. O evento teve lugar na sala 5 da OCINE Urban Caleido, junto às Quatro Torres de Madrid e nela participaram responsáveis pela empresa de som e a discográfica, Universal Music.
Som imersivo e Queen
Durante os 4 minutos que dura a nova canção, os presentes poderam desfrutar de um som imersivo que, tal como nasceu faz uma década com o cinema, agora começa a ser tendência na indústria musical. "Cada som tem uma identidade própria quanto à dispersão, volume e canais", explicou Elena Ceballos, directora de marketing da Dolby em Espanha.
"Tal como num filme em Dolby Atmos podemos sentir que estamos dentro da história, com a música podemos perceber como todos os instrumentos se expandem ao nosso arredor e oferecem uma experiência totalmente diferente às formas com as quais costumamos ouvir música", acrescentou.
Dolby Atmos Music
Com Face it Alone dos Queen, a experiência imersiva e o movimento dos sons aprecia-se de forma especial com as pistas das vozes de Freddie Mercury e os coros dos seus colegas Brian May, Roger Taylor e John Deacon. Além disso, depois da projecção do novo videoclip, houve uma surpresa para os presentes e reproduziu-se, também com tecnologia Dolby Atmos, a canção mais representativa da banda: Bohemian Rhapsody.
Com esta técnica nasce uma forma nova de criar e experimentar a música que cada vez mais artistas querem experimentar. "É uma tecnologia que dá aos artistas mais espaço e liberdade para realizar plenamente a sua visão e desbloquear novos níveis de emoção na sua música para os seus ouvintes", afirmam da Dolby. A apreciação de até o mais mínimo detalhe, desde a camada de instrumentos que se transladam entre os altifalantes, até sentir a respiração de um cantor entre as letras, convidam e criam uma experiência única.
Qualidade impressionante, mas pouco acessível
O áudio espacial da Dolby Atmos encontra-se disponível na aplicação da Apple Music e entre as suas iniciativas encontra-se a de duplicar o número de estudos habilitados para Dolby nos principais mercados, oferecer programas educativos, proporcionar recursos aos artistas independentes, bem como lançar uma atualização de LogicPro que permita aos artistas criar misturas Atmos da sua música.
Esta tecnologia de áudio pode-se desfrutar com diferentes equipamentos e dispositivos de áudio. No entanto, o acesso à experiência total do Dolby Atmos não é tão simples, já que, como explica à Consumidor Global José María Gómez, engenheiro de telecomunicações na especialidade de imagem e som, "ainda que compres um bom equipamento, há que distribuir bem os altifalantes e acondicionar a sala para que o som envolvente se aprecie bem". Gómez considera que, conquanto a proposta seja interessante, "é difícil que se generalize o seu uso". "Um bom estéreo já oferece nuançes boas, mas depende do que as pessoas queiram gastar nuns auscultadores ou nuns altifalantes", remarca.