O Índice de Preços de Consumo (IPC) dos automóveis situou-se no 9,2 % durante o passado mês de agosto em taxa interanual, mantendo-se estável depois de superar máximos históricos nos meses anteriores, segundo os dados publicados nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
No passado mês de julho, o IPC dos automóveis situou-se no 9,3 % em taxa interanual, superando assim a cifra mais alta registada até a data, que se contabilizou em março de 1996 quando se elevou o 4,9 %.
Os motivos do encarecimiento
Fontes do sector explicam que o encarecimiento dos automóveis está em linha com a subida de preço das matérias primas e também se justifica pela escassez de oferta de produto, provocada pela crise de fornecimento de semiconductores, que tem motivado uma subida de preços tanto de modelos novos como de usados.
Durante os oito primeiros meses do exercício actual, o preço dos automóveis experimentou um aumento do 7,7 %, enquanto registou uma subida do 0,4 % na variação mensal.
Motocicletas e combustíveis
Para as motocicletas, o incremento do preço no oitavo mês do ano foi de 5,4 % interanual, do 4,8 % desde que começou o exercício e do 0,2 % de variação intermensual.
Por sua vez, os combustíveis aumentaram seu preço o 18,9 % em taxa interanual e se encarecieron o 13,2 % desde que iniciou-se o actual exercício, mas registaram uma queda do 8,3 % na variação mensal.
Peças de troca e manutenção
Ao mesmo tempo, as peças de reposto e os acessórios para os veículos também se encarecieron um 10 % em agosto com respeito ao mesmo mês do ano passado, bem como o 0,7 % na comparativa intermensual e o 7,4 % no que vai de 2022.
Por último, os serviços de manutenção e reparo de veículos fecharam agosto com um aumento de preços do 4,5 % em comparação com o mesmo mês de 2021, com uma variação mensal do 0,6 % e uma subida desde princípios de ano do 3,7 %.