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A compra de moradias, em mínimos desde 2020

As operações, tanto em andares de obra nova como de segunda mão, registaram um descenso de 10,5% em julho

Teo Camino

cartel de se vende

Os espanhóis não podem se comprar uma moradia. Isso é o que se deduze do dado compartilhado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE): a compra de moradias registou um descenso de 10,5% em julho com respeito ao mesmo mês de 2022.

Em números absolutos, a cifra de operações foi de 48.303, sua cifra mais baixa neste mês desde 2020. Ainda que cabe destacar que o contexto, marcado por umas taxas de juro elevadas para conter a inflação, não ajuda à hora de adquirir uma propriedade.

Um mercado à baixa

Com este retrocesso interanual, que amplia em mais de quatro pontos o registado em junho (-6,4%), a compra de moradias encadeia seis meses de taxas interanuais negativas.

O preço da moradia de segunda mão regista sua maior subida em três anos / PIXABAY

O descenso da compra de moradias em julho tem-se devido à queda tanto das operações sobre andares de segunda mão como às realizadas sobre moradias novas. Mais especificamente, a compra de moradias usadas baixou um 11,2% no sétimo mês do ano, até somar 40.036 operações, enquanto as transacções realizadas sobre andares novos diminuíram um 7,4%, até as 8.267 operações.

Moradias livres e protegidas

O 92,7% das moradias transmitidas por compra em julho foram moradias livres e o 7,3%, protegidas. Ao todo, a compra de moradias livres baixou um 10% interanual, até as 44.766 operações, enquanto a compra de moradias protegidas retrocedeu um 16,5%, até somar 3.537 transacções.

Em taxa intermensual (julho sobre junho), a compra de moradias contraiu-se um 10,5%, sua maior queda num mês de julho em ao menos cinco anos.