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Como prevenir a diabetes e quais são seus sintomas iniciais

Uma doutora especializada em Endocrinología e Nutrição recalca a importância de fazer um diagnóstico temporão e expõe os avanços tecnológicos para o tratamento desta doença

Teo Camino

Un enfermero pincha a un paciente con diabetes PEXELS

A diabetes afecta a um da cada sete adultos em Espanha, o que supõe a segunda taxa mais alta de Europa. Ainda que há muitos tipos de diabetes, os mais dois frequentes são tipo 1 e tipo 2, mas, em que se diferenciam? E o mais importante, quais são seus sintomas iniciais? Pode-se prevenir esta doença?

Falamos com María Cortês Berdonces, Chefa Associada de Endocrinología e Nutrição do Hospital Universitário Ruber Juan Bravo de Madri, para esclarecer estes e outros aspectos sobre a diabetes, uma doença que padecem 5,1 milhões de adultos em nosso país.

Como prevenir a diabetes

Enquanto a diabetes tipo 1 é de causa autoinmune -o sistema inmune destrói as células que produzem a insulina e o organismo fica sem esta hormona-, "a tipo 2 é de causa multifactorial, pois se trata de uma resistência à acção da insulina na que influem factores genéticos e ambientais, entre eles a obesidad e o sedentarismo", expõe Cortês Berdonces.

Deste modo, a diabetes tipo 1 não se pode prevenir, mas sim a mellitus tipo 2. "Uma dieta de padrão mediterráneo, evitando os açúcares refinados, é útil para reduzir o risco de diabetes, aponta a doutora do Hospital Universitário Juan Bravo de Madri, quem explica que o estudo Predimed, realizado em Espanha, demonstrou que a dieta mediterránea suplementada com azeite de oliva virgen extra ou com frutos secos reduz o risco de eventos cardiovasculares. Assim mesmo, "o exercício físico diminui a resistência à insulina, previne o desenvolvimento da diabetes tipo 2 e reduz sua incidência um 50-60%", acrescenta a especialista, em referência à prescrição de exercício físico, que depende da condição da cada pessoa e vai dirigido a melhorar a resistência aeróbica e a força muscular.

Quais são seus sintomas iniciais

Ainda que inicialmente pode não se notar nada, "quando há uma hiperglucemia franca notar-se-á aumento da sejam e aumento da diuresis (quantidade de urina), tanto em frequência como intensidade", expõe Cortês Berdonces, quem recorda que também pode se detectar uma perda de importância, apesar de produzir um aumento do apetito e uma maior ingestão.

Depois de detectar os sintomas iniciais, a diabetes pode-se detectar com uma análise de sangue medindo o açúcar em sangue em ayunas. Ademais, "dispomos de outras medidas para o diagnóstico como é a hemoglobina glicosilada ou a prova da sobrecarga de glucosa. E, por outro lado, há provas mais específicas que nos ajudam a determinar de que tipo de diabetes se trata", acrescenta a experiente.

A importância de um diagnóstico temporão

No caso da DM tipo 1, na maioria dos casos diagnostica-se no momento de seu aparecimento, já que não é previsível e debuta com hiperglucemia franca. No caso da DM tipo 2, "sim é importante um diagnóstico temporão", aponta a doutora. De facto, no estudo di@betes, realizado em população espanhola, detectou-se uma prevalencia de diabetes do 13'8% da qual o 6% não era conhecida, um dado que significa que quase a metade das pessoas diabéticas não sabem que o são.

Estas pessoas passam períodos de hiperglucemia até o diagnóstico, uns períodos que afectam de forma negativa, em longo prazo, com um aumento do risco de complicações cardiovasculares e afetação de órgãos como o riñón, o coração, a retina… Por todo isso, "é importante um diagnóstico precoz para que a hiperglucemia não chegue a produzir dano ou produza o mínimo possível", recalca Cortês Berdonces.

População de risco

Existem grupos de população que sejam mais propensos a desenvolver diabetes? A resposta, no caso da diabetes tipo 2, é que sim há pessoas com mais risco de desenvolver a doença.

Mais especificamente, os factores de risco são a obesidad, a dieta, o sedentarismo, ter um familiar de primeiro grau com diabetes, ter tido diabetes durante uma gravidez, ter já algum grau de alteração do açúcar em sangue, problemas de colesterol , hipertensión ou estar diagnosticado de síndrome de ovario poliquístico. Por outro lado, algumas etnias têm um maior risco de padecer diabetes tipo 2, como é o caso dos afroamericanos, os latinoamericanos e os asiáticoamericanos, entre outros.

Avanços médicos

Por sorte, actualmente há muitos avanços científicos para o tratamento da diabetes. Os principais avanços médicos em diabetes tipo 1 "são os medidores contínuos de glucosa, os infusores de insulina e os sistemas de comunicação entre ambos, que permitem algo parecido a um páncreas artificial", destaca a doutora. Desde o ponto de vista preventivo, "há ensaios clínicos com inmunoterapias que permitiriam a modulación inmunitaria com o objectivo de eliminar o dano que o sistema inmune faz ao páncreas e que produz a diabetes tipo 1", acrescenta Cortês Berdonces.

Em diabetes tipo 2, "temos fármacos a cada vez mais potentes e de múltipla acção que são tratamentos que não só actuam diminuindo a glucemia, sina que, ao mesmo tempo, tratam a obesidad, são cardioprotectores, nefroprotectores e diminuem a incidência de ICTUS ", aponta a Chefa Associada de Endocrinología e Nutrição do Hospital Universitário Ruber Juan Bravo, em referência a estas acções fundamentais numa doença que preocupa pela alta incidência de dano renal e risco cardiovascular.