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A baixada dos combustíveis permite que a inflação desça umas décimas, até o 10,4 %

A escalada de preços modera-se pela baixada dos combustíveis, ainda que a electricidade e os alimentos sobem

Consumidor Global

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O furacão inflacionista parece dar um respiro. O Índice de Preços de Consumo (IPC) tem subido uma décima em agosto com respeito ao mês anterior, mas tem moderado sua taxa interanual quatro décimas, até o 10,4 %. Assim o adiantou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o INE, a moderación do IPC interanual até o 10,4 % deve-se, sobretudo, à baixada dos preços dos combustíveis. Não obstante, a electricidade, os alimentos, a restauração e os parques turísticos sim têm-se encarecido. Em julho, o IPC atingiu o 10,8 %, a subida mais alta desde setembro de 1984. Com este novo dado, corta-se a racha ao alça da inflação, ainda que agosto é o terceiro mês consecutivo no que supera as duas cifras.

Uma pessoa consulta os preços num supermercado / PIXABAY

O Governo acha que a inflação baixará pouco a pouco

Quanto à inflação subyacente (que não tem em conta os alimentos não elaborados nem os produtos energéticos), o INE projecta um aumento de três décimas, até o 6,4 %, seu valor mais alto desde janeiro de 1993 . O INE publicará os dados definitivos do IPC de agosto o próximo 13 de setembro.

A vice-presidenta primeira do Governo e ministra de Assuntos Económicos e para a Transformação Digital, Nadia Calviño, tem assegurado nesta terça-feira que o recorte da inflação até o 10,4% em agosto reflete que este indicador "tem começado a se moderar" e tem vaticinado que seguirá "nessa senda de descensos" nos próximos meses.