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Assim subirão os salários dos espanhóis em 2024
As empresas incrementarão uma média de 3,5% os salários de seus profissionais ao longo deste ano, segundo KPMG
Os salários dos espanhóis subirão em 2024, mas menos que no ano passado. Esta é a conclusão à que tem chegado o estudo sobre Tendências retributivas e incrementos salariais 2024 realizado por KPMG Advogados entre 85 empresas de diferentes sectores e tamanhos e diferente facturação --desde menos de 100 milhões de euros a mais de 5.000 milhões de euros--.
Mais especificamente, as empresas espanholas incrementarão uma média de 3,5% os salários de seus profissionais ao longo deste ano, em frente ao aumento de 5% registado em 2023.
Uma subida moderada
A moderación da subida retributiva deste ano com respeito a 2023 sugere, segundo KPMG, "cautela" na tomada de decisões salariais, possivelmente influenciada pela moderación da inflação.
Assim mesmo, esta redução no ritmo de avanço dos salários "poderia refletir também um enfoque mais conservador por parte das empresas, adaptando às condições cambiantes e procurando um equilíbrio entre a retenção do talento e a gestão prudente dos recursos financeiros", assinala o estudo.
Optimismo empresarial
O relatório, realizado entre novembro e dezembro de 2023, reflete que a confiança empresarial tem subido ligeiramente com respeito ao ano anterior, pois o 52% das companhias espanholas interrogadas pensam que sua situação vai ser melhor nos próximos seis meses, em frente ao 36% que opinava assim no ano anterior.
Para Mónica San Nicolás, directora de Compensação geral, de Conselheiros e Directores de KPMG Advogados, "as empresas, por enquanto, seguem tendo planos de crescer e expandir-se, pelo que vão seguir enfrentando importantes reptos quanto à gestão do talento".
A busca de talento
Neste sentido, o relatório mostra que o 84% das empresas considera que a atração e rotação de talento é um dos desafios mais significativos aos que se enfrentam.
Por isso, San Nicolás assinala que as empresas interrogadas começam a fazer parte das alavancas de atração e retenção do talento, elementos que até agora podiam parecer menos relevantes, como a cultura e propósito da organização (26%), a saúde e o bem-estar do empregado (22%), a diversidade e inclusão (18%) e a transparência retributiva (8%).
Mudança de paradigma
"Isto nos indica que o talento toma decisões de ficar ou mover a outra companhia por factores bem mais complexos que o salário ou as promoções, evidenciando uma mudança de paradigma na proposta de valor para o empregado e políticas de remunerações", assegura San Nicolás.
Ademais, o estudo assinala que os supervisores e comandos intermediários são os colectivos com a rotação mais destacada, sendo os que maior pressão ao alça têm tido na retribuição em 2023, com subidas de 3,9% e de 3,7%, respectivamente.
Salários pouco competitivos
Segundo o 63% das empresas interrogadas por KPMG, as razões principais por trás da rotação trabalhista são a falta de competitividade na retribuição e a escassez de perfis específicos no mercado.
Esta conclusão, sublinha, põe de manifesto a importância de manter salários competitivos para reter talento, bem como a crescente dificuldade de encontrar profissionais com habilidades especializadas no mercado trabalhista actual. As prioridades dos interrogados para 2024 centram-se num 58% na revisão das estruturas salariais, e num 40% em analisar o mercado e a competitividade retributiva externa.
Uma compensação justa
Ainda que a subida salarial prevê-se moderada, as empresas atribuem grande importância a garantir uma compensação justa e competitiva, bem como a adaptar-se às dinâmicas cambiantes do mercado trabalhista.
"As empresas interrogadas indicam-nos que verdadeiramente seguem sem ter uma boa informação sobre seus modelos, sendo também um objectivo para 2024 contar com uma ferramenta que se adapte a suas necessidades e com um dado de qualidade", aponta San Nicolás.
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