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As novidades mais destacadas que apresentar-se-ão no Mobile World Congress 2024

Além das últimas tendências em móveis ou as soluções ante os desafios da IA, no encontro espera-se um amplo leque de inventos inéditos e surpreendentes

Un visitante lleva gafas de realidad virtual durante el Mobile World Congress (MWC)   Axel Miranda
Un visitante lleva gafas de realidad virtual durante el Mobile World Congress (MWC) Axel Miranda

O Mobile World Congress está à volta do canto --celebrar-se-á entre o 26 e o 29 de fevereiro– e, uma vez mais, Barcelona será o epicentro e capital da conectividade. O congresso, que já não é só coisa de móveis, vai bem mais lá com ideias que deixam atónitos aos transeúntes entre a cada estande. Desde um cão-robô a um probador que cria um look completo sem usar roupa.

Mas, dantes de que arranque o espectáculo tecnológico, César Córcoles, professor dos Estudos de Informática, Multimédia e Telecomunicação da Universidade Aberta de Cataluña (UOC), avança as novidades que mais destacarão durante o MWC deste ano, onde uns 1.100 conferenciantes debaterão ante 95.000 congressistas sobre o futuro digital.

Um carro volador?

Que se espera neste ano do encontro no que se antecipam as linhas do palco digital que aguarda o futuro? Segundo os experientes, para além do carro volador de Alef Aeronautics ou o barco do ganhador da última Copa do América de vela, que poder-se-ão ver no recinto Grande Via Fira de Barcelona, há muitas mais novidades que nos esperam.

Mobile World Congress / LUIS MIGUEL AÑÓN (CONSUMIDOR GLOBAL)
O Mobile World Congress / LUIS MIGUEL AÑÓN - CG

Apesar de que para perto de a metade dos assistentes ao MWC provem/provêm de empresas alheias à indústria do móvel e a cada ano o evento é mais diverso verticalmente, continua sendo o lugar onde explorar as últimas tendências em dispositivos móveis. "Veremos dispositivos com resoluções mais altas de ecrã, fabricantes mais pequenos de chips, mas que seguem competindo com Qualcomm, ecrãs plegables…", comenta Córcoles.

A Inteligência Artificial

Ademais, na indústria segue tendo impulsos em torno da realidade virtual, realidade aumentada e realidade mista "que em muitos casos dependem dos chips de Qualcomm e similares para funcionar, e disso se vai falar", diz Córcoles, quem recorda que as gafas Visão Pró que tem apresentado Apple são o último empurrão ao mundo da realidade virtual e aumentada, "e quiçá neste ano seja no que aparecem usos comerciais atractivos para este tipo de dispositivos, ainda que por enquanto não os vimos ainda".


Por outra parte, o professor da UOC acha que um dos temas que terão mais presença neste sector girará em torno de como as inteligências artificiais (IA) se integram nos dispositivos. "Empresas como Samsung já têm anunciado funcionalidades deste tipo no aplicativo de fotos e no aplicativo de busca, e isto o vão ir fazendo a cada vez mais fabricantes", sustenta. Igualmente, companhias de processadores já estão a incluir a cada vez mais capacidade de IA generativa para evitar aceder à nuvem e poder ganhar algo de privacidade.

Conectividade 5G e… 6G?

A cada ano, a indústria que se encontra no MWC vai avançando nos regulares da conectividade. Até o 4G, todas as gerações móveis tinham tido um grande impacto, de forma que as novas características da cada geração permitiam maiores usos desde o móvel. "A cada vez víamos-nos mais abocados a usar estas tecnologias e, portanto, os teleoperadores realizavam uma grandísima investimento nos produtos que faziam os fabricantes porque se rentabilizaba", explica o professor da UOC.

Mobile World Congress / LUIS MIGUEL AÑÓN (CONSUMIDOR GLOBAL)
Mobile World Congress / LUIS MIGUEL AÑÓN (CONSUMIDOR GLOBAL)


No entanto, enquanto ao passar de um móvel 3G a um 4G, o móvel inteligente convertia-se automaticamente num dispositivo bastante mais útil, podendo, por exemplo, descarregar na rua grandes arquivos ou ver vídeos reproduzidos ao vivo quase como se estivesse-se ligado à wifi do domicílio, com o 5G reduzem-se os casos de uso.

É um bom investimento ambiental?

"Poucas pessoas têm passado de um móvel 4G a um móvel 5G e têm notado uma leve diferença. E se não lhe encontramos usos novos ao 5G, precisamos nos passar ao 6G?", reflexiona Córcoles explicando que, ainda que a indústria afirma que com o 6G se vai minimizar o consumo energético das redes móveis, também implica um custo ambiental ao despregar uma infra-estrutura nova em todo o planeta. "Estamos seguros de que o ritmo ao que despregamos estas tecnologias realmente faz que se amorticen e que sejam um bom investimento ambiental? É o que está em dúvida", questiona.

Outro dos grandes temas que tratará o MWC centrar-se-á em como as tecnologias conectadas estão a mudar a fabricação, a mobilidade inteligente, as fintech e o comércio móvel e inclusive o entretenimento e o lazer. Como recorda César Córcoles, "a indústria tecnológica é agora mesmo um factor que se pode unir a qualquer negócio, e introduzir conectividade móvel em seus dispositivos vai permitir melhorar em eficiência e funcionamento".

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