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As cabines das discotecas ficam sem Dom Pérignon e atiram-se às últimas garrafas de Moët

Locais de vida nocturna e lojas de bebidas alertam sobre a escassez de champanhe e outras bebidas alcoólicas devido à greve de transportes

Uma garrafa de Moët & Chandon / PEXELS
Uma garrafa de Moët & Chandon / PEXELS

A perturbação da corrente de fornecimentos provocada pela greve das transportadores afeta produtos de primeira necessidade como o leite ou a carne de bovino. Também alguns pequenos prazeres quotidianos, como a cerveja no bar, sofrem as consequências do bloqueio. Inclusive os que estão acostumados a nadar na abundância deparam-se nestes dias com a escassez e ficaram sem as suas bolhinhas mais preciosas: as do champanhe francês Dom Pérignon. Para atravessar o período difícil, ainda que talvez não seja tão elitista, atiram-se às últimas garrafas de Moët de que dispõem nas cabines das discotecas da moda.

Una botella de champán con una bengala en el reservado de una discoteca / PIXABAY
Uma garrafa de champanhe com uma bengala na cabine de uma discoteca / PIXABAY
 

Se em novembro e dezembro de 2021 era quase impossível encontrar uma garrafa de Moët & Chandon em Espanha devido a um desequilíbrio entre a oferta e a procura, agora a história repete-se com o seu irmão mais velho, Dom Pérignon, também propriedade do conglomerado multinacional LVMH Moët Hennessy. É que a greve das transportadoras secou o fornecimento deste champanhe que se vende por 200 euros nas lojas especializadas e por mais de 400 euros a garrafa nos locais de vida nocturna.

Sem Dom Pérignon e curtos de Moët

O principal problema "é a escassez de Dom Pérignon (normal e rosado) e de Moët & Chandon", afirmam da Federação catalã de locais de vida nocturna (Fecalon) sobre uma escassez de stock que, segundo dizem, afeta todos os setores. O fornecimento de Moët "está paralisado e dá-nos problemas, mas ainda temos algo no armazém", expõe a este meio o dono da discoteca Sutton de Barcelona, Antonio Cano. "De Dom Pérignon, diretamente, não há produto", lamenta.

Una botella de Dom Pérignon / FLICKR
Uma garrafa de Dom Pérignon / FLICKR

Alguns, como o proprietário do clube Luz de Gas, gabam-se de terem antecipado à crise de abastecimento: "ttínhamos os olhos abertos, fizemos stock e temos Moët para agora", aponta Fede Sardá sobre este espumante cujo preço oscila entre os 130 e os 280 euros nos bares da moda. Outros, pelo contrário, ficaram sem Moët nem Dom Pérignon e procuram alternativas no mercado para satisfazer os seus clientes. "Tentamos vender marcas menos comerciais como Mumm ou Perrier-Jouët", explica à Consumidor Global o dono da nova discoteca Sins Barcelona.

Una botella de Moët agotada / LABARRICAVINOS
Uma garrafa de Moët esgotada / LABARRICAVINOS

Os problemas agravam-se

No contexto atual, "as pessoas, em linhas gerais, estão viradas para o futuro previsora. Mas a situação pode-se agravar nesta mesma semana se os pedidos mínimos não começam a chegar", apontam da Fecalon, que asseguram que bebidas como o gin Beefeater Pink ou a tequila Dom Julio Repousado também sofrem problemas de escassez. "Se a greve continua, todos os setores e cada vez mais marcas ver-se-ão afectadas em maior ou menos grau", alertam da Federação Espanhola de Bebidas Espirituosas.

Un camarero sirve copas de champán / PEXELS
Um empregado de mesa serve flutes de champanhe / PEXELS

Depois de uma semana na que não entrou praticamente nada nas adegas de discotecas, restaurantes, hotéis e lojas de bebidas, um dos principais fornecedores de bebidas do lazer nocturno afirma que "gerem os pedidos para poder atender todos" e que "farão todo o possível" para enviar os pedidos mínimos. Ao mesmo tempo, mostram-se confiantes em que a "greve seja desbloqueada" o quanto antes para que a situação não se agrave. Lamentavelmente, em novembro "já tivemos problemas parecidos, e, se não tens uma marca, serves outras. Que mais podes fazer?", apontam da Fecalon.

Lojas de álcool sem o champanhe mais famoso

A loja de bebidas Bodegas Mariano Madrueño, que conta com vários locais no centro de Madrdi e mais de 1.000 referências entre vinhos e licores prémium, também ficou sem Dom Pérignon. "Não temos nada. Além disso, ao ser um produto de custo elevado, também não costumamos ter muito stock", explica um dos seus empregados. Da popular loja de bebidas alcoólicas também explicam que na semana passada "não entrou nada" e que de Moët ficam com "umas poucas garrafas".

Una botella de Dom Pérignon Vintage de 225 euros / ELCORTEINGLÉS
Uma garrafa de Dom Pérignon Vintage de 225 euros / ELCORTEINGLÉS

As alternativas à Dom Pérignon e Moët & Chandon que mais saída têm são as diferentes garrafas de G.H. Mumm, que custam entre 40 e 80 euros, e os espumantes de Perrier-Jouët , que partem ose 50 euros e disparam até os 300. "Suponho que quando termine a greve o fornecimento da maioria de produtos voltará à normalidade", apontam da centenária adega.

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