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A artimaña de Sony com PlayStation 5 pára colar videojuegos que ninguém quer e encarecer seu preço
A companhia tecnológica e suas revendedoras aproveitam a alta demanda de consola-a para vendê-la de forma exclusiva em packs de até 1.000 euros
Desde que Sony lançou em novembro de 2020 a PlayStation 5, a expectación gerada em torno desta consola tem suposto uma meta no sector dos videojuegos. As dificuldades para fazer-se com uma delas a converteram num produto de luxo e, agora que o estoque parece estar garantido, Sony e suas revendedoras aproveitam para colar packs com videojuegos que quase ninguém quer e assim encarecer seu preço até um 60 %.
"Parece-me abusivo que para conseguir a consola tenhas que comprar remakes de jogos que já temos", expõe indignado a Consumidor Global o utente Enrique C. Este aficionado aos videojuegos acha que Sony e PlayStation "tomam por tontos" aos fãs por "enganchar produtos que ninguém quer".
Os packs da PlayStation 5
Mas, de onde surgem estes packs? A venda combinada de produtos sempre tem estado presente à indústria do videojuego. Trata-se de uma opção com a que as companhias vendem sua consola com um ou vários jogos e a um preço especial e mais barato que se se adquirem por separado, o que suporia uma poupança para o consumidor.
Mas o que agora denunciam os fãs de PlayStation é o desenho de packs não oficiais elaborados pelas revendedoras encarregadas de fazer chegar o produto às lojas. Estas estratégias, autorizadas por Sony, obrigam aos aficionados a ter que passar pelo aro e comprar esses packs por um preço muito maior.
Videojuegos reeditados
Uma PlayStation 5 de venda individual custaria uns 550 euros, enquanto o preço destes packs ascende a 880 euros em alguns casos. 300 euros mais por somar três videojuegos. Ademais, há casos nos que o preço da PlayStation 5 supera os 1.000 euros, como um pack de Amazon que inclui dois comandos e um videojuego, o FIFA 23.
Ao problema do preço há que acrescentar que a maioria de videojuegos que se incluem nestes packs já estavam disponíveis para consolas anteriores como a PlayStation 4 e, claro, os jogadores não querem comprar o mesmo jogo que já têm. "Sony tem pouco catálogo para a PS5, por isso querem se tirar estoque de videojuegos já editados para outras consolas com estes packs estúpidos", critica Enrique C.
Venda assegurada
David Moreno, por sua vez, qualifica esta forma de venda como "um problema muito grande". "A gente está desesperada. Os packs estão pelas nuvens e a Sony dá-lhe igual porque vai vender-se seja como seja", aponta este aficionado.
Para Joan Arnedo, director do Mestrado de Videojuegos, Desenho e Programação da UOC, este desenho de packs supõe "um abuso" que obriga a passar pelo aro aos fãs. "Era um produto muito esperado com o que tem tido reventas a nível industrial. A gente protestará por estes packs, mas vão comprá-la igualmente", sublinha o professor.
"Passo à Xbox"
"Sony sabe que todo mundo vai querer comprar a consola e, em lugar da vender sozinha, aproveitam para incorporar mais produtos dos que compraria a gente", enfatiza Arnedo. À pergunta de se Sony mudará esta forma de venda, Arnedo acha que "é muito complicado que algo os faça recuar e voltem a vender a consola sozinha". "É uma luta entre a empresa e o consumidor", aponta o experiente.
Enrique M. assegura que ele só compraria a consola se se vendesse de forma individual. "Se tivesse possibilidade, tê-la-ia comprado. Há jogos que no futuro podem ser interessantes. Mas não estou disposto a pagar a mais por produtos que não quero. Acho que vou passar-me à Xbox", conclui. Consumidor Global tem perguntado a Sony e PlayStation sobre esta peculiar estratégia de venda e distribuição de consola-a, mas não se obteve resposta ao termo do artigo.
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