Que os preços têm subido pela inflação é vox populi. Mas não todas as companhias têm aumentado o custo de seus produtos na mesma medida. No sector do retail, alguns e-commerce de moda se apertaram mais o cinto que outras, que têm tido que fazer frente à inflação com o encarecimiento de seus produtos. Mais especificamente, desde janeiro até abril de 2022, Zara é a loja on-line com a maior subida de preços.
O aumento de preços da loja on-line de Inditex durante os primeiros meses de 2022 foi quatro vezes maior que o da concorrência, segundo um estudo da entidade financeira UBS que tem analisado as prendas dos e-commerce de diferentes marcas.
A loja on-line de Zara, com a maior subida de preços
Como indica o relatório, até o mês de abril as t-shirts, jerséis ou pantalones de Zara são um mais 18,5% caros em media. Esta percentagem tem aumentado de maneira paulatina desde janeiro, com um incremento do 9,8 %, fevereiro, com o 14,9 %, e março, com o 18,4 %.
No entanto, a assinatura, que abarca um 70 % das vendas do grupo Inditex, durante este primeiro trimestre de 2022, apresenta um crescimento das vendas do 36 % e um benefício neto de 760 milhões de euros. Neste sentido, nos primeiros meses à frente da presidência não lhe foram nada mau Marta Ortega, apesar de se ter visto obrigada a incrementar os preços.
H&M e Zalando encarecen menos seus prendas
As marcas da concorrência como H&M e Zalando aumentaram seus preços um 4,2 % em abril (quatro vezes menos que Zara), em contraste com a inflação da zona euro, que foi de 7,4 %, segundo Eurostat. Por outro lado, Uniqlo (ou o Zara japonês para muitos), tem anunciado que também subirá os preços de alguma roupa da colecção de outono.
Prenda-las de lana e plumas serão uns 1.000 ienes (7 euros) mais caras, enquanto as que estejam feitas só de lana, subirão uns 2.900 ienes (20 euros). Não obstante, a companhia nipona tenta incrementar o poliéster em seus polares e jerséis para tentar manter os custos baixos.