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Adeus a hipoteca-las: quatro em cada dez moradias compram-se ao contado em Espanha
Nos últimos anos, ademais, foi-se impondo o tipo fixo em frente ao variável, que atingiu seu máximo o passado 2022
Hipoteca-las em Espanha mantêm uma tendência à baixa desde os últimos anos. Seis em cada dez moradias vendidas em 2023 (64,81%) foram adquiridas com um empréstimo hipotecario. Isto supõe um descenso de sete pontos com respeito a faz um lustro, um 71,41% no ano 2019.
Assim o revelam desde o portal imobiliário pisos.com. "Com estes dados podemos ver o claro enfriamiento que tem experimentado o sector no último ano, se reduzindo não só o número de operações, sina também de hipotecas concedidas", revela o director de Estudos, Ferran Font.
Factores que influem
A merma de poder adquisitivo junto ao encarecimiento da vida em general têm dificultado o acesso da população ao financiamento, segundo explica Font. É por isso que aqueles que se decantan por comprar uma casa ou um andar preferem o fazer ao contado.
Os dados têm sido obtidos ao cruzar as cifras totais de hipotecas e a estatística de transmissões de direitos da propriedade oferecidas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Segundo este registro, na totalidade do ano 2019, das 505.467 casas vendidas, concederam-se 361.291 hipotecas; enquanto em 2023 (janeiro a novembro), concederam-se 356.633 empréstimos hipotecarios das 550.215 transacções realizadas.
O sorpasso do tipo fixo
Neste último lustro o número de hipotecas concedidas sobre o total de operações de compra não tem sido o único que tem variado. "Muito teve que ver nesta mudança de tendência a baixada do tipo fixo. Assim, se Espanha tinha sido tradicionalmente um país no que se concediam hipotecas a tipo variável, tão só temos que ver as cifras de janeiro de 2019, quando representavam o 62,8% do total, nos últimos anos se produziu um giro de 180 graus", detalha Font.
Deste modo, o director de Estudos de pisos.com explica como nestes últimos cinco anos o tipo fixo tem acabado se impondo ao variável, atingindo seu máximo em junho de 2022, quando representava um 73% do total de empréstimos concedidos. Agora, e conforme aos dados mais recentes facilitados pelo INE, que correspondem ao mês de novembro de 2023, as hipotecas a tipo fixo supõem o 53,2% do total em frente às 46,2% do tipo variável.
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