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Os produtos 'marginados': estes três alimentos de primeira necessidade seguirão com IVA

Produtores e consumidores criticam ao Governo por ter deixado fora da rebaja fiscal a algumas das comidas mais habituais

Consumidor Global

Um consumidor vê o rótulo numa marca de alimentos / PEXELS

Produtores, consumidores e oposição queixam-se de que o Governo não tem incluído três alimentos de primeira necessidade na isenção do IVA que, durante seis meses aplicar-se-á a alguns alimentos para combater a inflação.

Os alimentos que livrar-se-ão do 4 % de IVA até julho são o leite, os ovos, as frutas, as verduras, o pão, os legumes, o queijo, a farinha, os tubérculos, as hortaliças e os cereais. No entanto, há outros três que não têm sido beneficiados pela rebaja fiscal.

Carne, pescado e conservas

Estes três grupos de alimentos que a maioria da população considera de primeira necessidade e que seguirão tributando ao 10% de IVA são a carne, o pescado e as conservas.

Num meio-termo encontra-se o azeite e a massa, que têm visto reduzido sua IVA do 10 % ao 5 % temporariamente.

Federação cárnica

Assim, a Federação Empresarial de Carnes e Indústrias Cárnicas (Fecic) tem lamentado que a carne não se tenha beneficiado das rebajas e exclusões de IVA quando é um alimento "insustituible" e de "primeira necessidade".

Consideram que, desta forma, o consumidor "terá que seguir fazendo um esforço para manter a dieta com carne". "Gostaríamos que se rebajase do IVA porque a carne sempre está em todas as pirâmides alimentares" por sua "contribua a nível nutricional", têm acrescentado.

A patronal, com o pescado

A patronal da pequena e média empresa Pimec também tem criticado que a carne e o pescado não se considerem produtos básicos pelo Governo. Para a entidade, a não redução do IVA do pescado e a carne é "uma discriminação". "Está a lançar-se uma mensagem negativa. Parece que se está a dizer que a carne e o pescado não são alimentos básicos. Como se não fosse importante sua ingestão, quando, por exemplo, se recomenda comer pescado dois ou três vezes por semana", lamentam.

Igualmente, diversos partidos da oposição têm reclamado que a rebaja do IVA também se aplique às conservas.