O ministro de Agricultura , Pesca e Alimentação, Luis Planas, recusado de novo limitar o preço dos alimentos após assegurar, numa entrevista no canal 24 horas que, se os cidadãos não estão de acordo com os preços, podem "ir ao supermercado de defronte". Com este argumento vinha a defender que o sector da distribuição é "tremendamente competitivo".
Agora, Planas tem instado a toda a corrente alimentar a acelerar a baixada da inflação nos alimentos pela importância que têm para as famílias.
Tempo para que baixe a inflação
Num diálogo com o director de eldiario.es , Ignacio Escoar, Planas tem assegurado que o princípio de que a inflação sobe rápido e baixa devagar é "válido para os produtos energéticos e ainda mais para a corrente alimentar porque é mais complexa".
Ademais, tem assegurado que a translação aos preços reais das medidas adoptadas para conter a inflação não é um processo "tão automático nem singelo" no sector agroalimentar. "Nessa senda decrescente temos que fazer todos de nossa parte para a acelerar", tem expressado o ministro.
"Alguém tem que pagar essa diferença"
Por outra parte, o titular de Agricultura recusou-se a proposta da ministra de Trabalho e vice-presidenta do Governo, Yolanda Díaz, de topar os preços dos alimentos. Planas tem reiterado que os tratados da União Européia e a Constituição espanhola impedem topar preços num mercado que se rege pela oferta e a demanda. Em sua opinião, quem propõem essa limitação fazem-no "sem pensá-lo muito e sem pensar as consequências" porque "alguém tem que pagar essa diferença, ou bem a indústria ou bem o produtor primário", que podem ver diminuir seus rendimentos e sua rentabilidade.
Por outra parte, o ministro referiu-se às medidas do Governo, como a rebaja do IVA a certos produtos básicos, cujo impacto se está a avaliar, e a outras iniciativas como a tramitação parlamentar do projecto de lei para a prevenção do desperdicio alimentar, que espera que "conclua muito cedo".