Loading...

Comer caramelos sem pecar: Mercadona lança uns doces 0 açúcares

O Mix Fruit 0.0 % é uma das novidades da rede de supermercados de Valência para atrair o consumidor mais consciente com a dieta

Núria Messeguer

Vários rebuçados / PEXELS (1)

Comer doce e não esquecer a dieta é uma utopia. O açúcar atenta contra a saúde e também contra a balança, ainda que baixinho convém referir que a sacarose é provavelmente o melhor aliado para aqueles dias mais conzentos, nos quais apetece dar um capricho e não pensar. Ainda assim, a cada ano que passa, o açúcar está no centro das atenções da sociedade. "O fumo do XXI" ou "o assassino mais doce" são alguns das alcunhas que lhe precedem este tempero.

Tanto os consumidores como as instituições de saúde exigem um maior controle sobre este estimulante pelo seu efeito nocivo para a saúde. Face a esta mudança na sociedade, muitas marcas adaptaram-se à tendência dos produtos sem açúcar e têm lançado várias linhas em torno desta nova forma de alimentação. Uma das mais surpreendentes tem sido o setor dos caramelos. Hoje na maioria dos supermercados existem caramelos sem açúcar, alguns mais conseguidos que outros, mas esta oferta não deixa de ganhar adeptos. Daí que a Mercadona tenha querido aproveitar esta atração e lance os novos Mix Fruit 0.0 % açúcares por apenas só 0,95 euros o saco. Serão realmente saudáveis?

Análise nutricional

O perfil de Instagram Novedades Mercadona foi o primeiro a descobrir o que poderia ser o seguinte grande hit da marca: Mix Fruit 0.0% açúcares. Em cada embalagem há 100 gramas de produto de seis sabores diferentes: melão, limão, laranja, morango, fresa e cereja. A composição nutricional choca, já que surpreende a grande quantidade de zeros que tem o alimento. Zero gorduras saturadas, monosaturadas e poliinsaturadas, também nulo em açúcares, fibra e sal. O único valor que é mais alto de zero são as três gramas de hidratos de carbono e os dois miligramos de sodio, isto é, sal.

Na opinião de Mireia Cabrera, nutricionista na consulta Júlia Farré de Barcelona, estes caramelos têm menos calorías que os tradicionais, mas "do ponto de vista nutricional não são saudáveis". Basicamente porque ao não conter nenhum açúcar possuem muitos adoçantes. "E isso altera o sistema digestivo", acrescenta a especialista. Na verdade, na embalagem do produto apontam que "o consumo excessivo pode produzir efeitos laxantes". No entanto, Cabrera insiste em que "um consumo esporádico não causa dano".

Os caramelos da Mercadona / MERCADONA

Um bom aliado para a ansiedade

Os caramelos e as pastilhas ajudam a acalmar a ansiedade e superar o estado de stress transitório, segundo um estudo realizado pelo departamento de Psicologia Clínica do Instituto de Psicoterapia e Investigação Psicosomática de Madrid. "É o tipo de alimento que te salva de um desejo e que nalgumas pessoas as ajuda a controlar a angústia quando se tem fome", afirma a nutricionista.

No entanto, Cabrera insiste que "quando se come por esta sensação, é importantíssima pensar por que o estás a fazer e ser consciente dos teus atos. Estes alimentos podem ser uma boa alternativa ao doce, mas isto não significa que se possam comer sem nenhuma impunidade".

Outras opções do supermercado

Os caramelos da Mercadona bebem muito dos da marca Virginias, exactamente do modelo Cítricos 0 % Sem Açúcares acrescentados. No entanto, estes apenas têm dois sabores --limão e laranja-- e o seu preço ascende a 1,47 euros, cinquenta céntimos mais que os da rede de distribuição de Valência.

A febre por fazer uma versão light de caramelos também passou para indústria das gomas. É o caso da empresa Yummy que oferece uns doces idênticos aos ursinhos da Haribo ou as coca-colas de sempre e sem uma única grama de sacarose. A fórmula para eliminar o açúcar sem perder o sabor doce passa pelos adoçantes que se utilizam como sustitutivos. O xarope de maltitol (E-965) e o glicosídeo de esteviol são os mais habituais, quase sem contribuição calórica. Mas, ainda que estes componentes consigam enganar o paladar e imitar o sabor a doce, "não oferecem nenhum benefício ao organismo", conclui Cabrera.