As campanhas sobre a redução do consumo de carne do ministro Garzón parece que não têm convencido a todos. O sector cárnico tem crescido este 2021. Ainda que, boa parte do crescimento obteve-o durante a pandemia. De facto, fechou o 2020 com um incremento de 6,6% com respeito no ano anterior.
Mais especificamente, a carne fresca acumula o 62,5 % das vendas do sector, com crescimentos importantes na demanda de frango e peru, enquanto cai compra-a de produtos de charcutería . Assim o confirmou um estudo da consultora NielsenIQ no Congresso Aecoc de Produtos Cárnicos e Elaborados.
Mais carne, mas de qualidade
O consumo de carne nos lares é mais alto que dantes da pandemia. "A crise sanitária mudou a tendência à baixa no consumo de produtos cárnicos nas casas, pelo que é provável que nos próximos meses parte deste consumo volte a sectores como o da restauração", assinalam desde NielsenIQ.
Não obstante, o consumidor de carne mais selectivo que faz alguns anos. O 42 % dos espanhóis consomem hoje menos carne, mas a mais qualidade. De facto, o 29 % dos interrogados limita seu compra a alguns tipos de carnes e um 6 % que se declara flexitariano e afirma ter reduzido significativamente a presença de proteína animal em seu dieta.
Os platos preparados cárnicos não calam
Os platos preparados cárnicos têm uma percentagem muito baixa do total das vendas. Ainda assim, alguns dos serviços, como os de platos preparados quentes nos supermercados, cresceram em 2021 um 66 %. "A conveniência é um dos principais motivos de compra para os consumidores e todas as soluções que nos facilitem a vida crescerão nos próximos anos", tem explicado Biedma.
Nesta mesma linha, os dados de NielsenIQ mostram que o canal on-line tão só representa o 1% das vendas de produtos cárnicos, mas seu crescimento em 2021 já foi de 9,8 %.
França, Alemanha e Portugal apostam pela carne espanhola
As exportações de carne espanhola têm registado um ligeiro aumento no 2021. Assim, o mercado atingiu um valor acima de 7.450 milhões de euros, um 2,3 % mais que em 2020. Em mudança, as exportações de elaborados cárnicos registaram neste ano um forte crescimento, até atingir os 1.400 milhões de euros, um 13 % mais que no exercício anterior.
Assim o confirma o Observatório Sectorial DBK de Informa, segundo o qual entre os principais países de destino destacam o França, Alemanha e Portugal, que concentraram conjuntamente o 45% do total exportado. Fora da União Européia, destacaram os crescimentos em Chinesa e Estados Unidos.