As vendas da indústria do pão, a bollería e a pastelería cresceram um 14,9 % em 2021, até os 1.303 milhões de euros. Este dado indica uma recuperação com respeito a 2020, quando o descenso do consumo associado à pandemia levou ao sector a uma queda do 17 %.
Assim o refletem os dados difundidos pela Associação Espanhola da Indústria de Panadería, Bollería e Pastelería (Asemac), que agrupa às principais panificadoras industriais de Espanha. Tal e como reflete esta entidade, sobresalen as vendas de bollería e pastelería congelada, com 521 milhões de euros, o que supõe um alça do 24,4 % com respeito a 2020.
A associação defende-se das "campanhas de desprestigio" pelo açúcar
Também cresceu sua produção, em torno de um 21 %, com 187.011 toneladas. Felipe Ruano, presidente de Asemac, tem afirmado que o sector fez frente em 2021 a "campanhas de desprestigio ante determinados ingredientes como o açúcar".
Assim mesmo, tem comentado que o consumo tem descido nos primeiros meses de 2022 e que a associação trabalha em ver como pode enfrentar os "ataques" que recebem seus produtos baixo o pretexto da saúde.
Mais pan industrial congelado apesar de Ómicron
Ademais, Ruano tem indicado que 2021 esteve marcado por um "forte incremento de custos de produção" que continua na actualidade. Em qualquer caso, em 2021 também aumentaram as vendas de pan industrial em base a massas congeladas, mais especificamente um 9,4 % em com respeito a 2020, com um total de 782 milhões de euros.
Segundo esta patronal, o aumento nas vendas é consequência de uma recuperação parcial da produção perdida durante 2020. Assim, em 2021 se produziram 903.477 toneladas de massas congeladas, um 9,4 % mais que no ano anterior. Os responsáveis por Asemac têm destacado que os resultados desenham um "caminho de recuperação" mas têm lamentado o impacto em 2021 da variante Ómicron.
A produção de bollería industrial sobe um 40 % em sete anos
O director geral da Indústria Alimentar do Ministério de Agricultura, Pesca e Alimentação, José Miguel Ferreiro, tem sublinhado que desde seu ministério têm detectado uma queda do consumo em volume da panadería e a bollería, e que, por contra, se tende a menores compras mas a mais qualidade. "Conforme as sociedades fazem-se mais modernas, comem menos pan, mas o consumo aumenta em qualidade", tem resumido Ferreiro.
Asemac tem apresentado também um quadro com a evolução experimentada entre 2014 e 2021, período no que a facturação tem subido um 16,1 %. A produção de pan em toneladas tem caído um 0,2 % em dito período, enquanto a produção de bollería tem crescido um 40 %.