Empresários do sector do pesqueiro têm assinalado nesta quarta-feira em Santiago de Compostela que "durante a próxima campanha de Natal terá pescado e a um preço razoável" e têm recordado que o preço do pescado "está a níveis de agosto do ano passado, apesar de que os custos de produção têm crescido até um 40 %".
O director comercial de Ibéria de Congelados, Jesús Mencía, tem projectado que "a venda de produtos do mar voltará aos níveis da campanha de 2019".
Os que sobem e os que baixam
Ademais, Mencía tem explicado que "há produtos que inflacionan, mas muitos outros que deflacionan". Deste modo, "apesar do incremento de preço de 8% de produtos como a merluza, outras categorias estrela para a campanha de Natal, como o marisco selvagem, têm um preço de venda ao público um 10% inferior com respeito ao ano passado".
O presidente do Comité AECOC de Produtos do Mar e director anexo de Porto Celeiro, Eduardo Míguez, tem recordado durante sua intervenção que "o IPC dos produtos do mar marca um incremento de preço do 1,7 %, muito por embaixo do índice geral".
Pesca de fundo
Os porta-vozes do sector de produtos do mar referiram-se também aos impactos que terão as restrições à pesca de arraste aprovadas pela Comissão Européia. O responsável por Relações Institucionais da empresa de acuicultura Stolt Seja Farm, Javier de Francisco, tem assegurado que "não afectará ao abastecimento de produto fresco para o próximo Natal".
Assim mesmo, De Francisco tem assinalado que a normativa européia "não é uma veda à pesca de arraste". Ademais, Míguez tem incidido em que "os barcos procuram alternativas para seguir com a pesca, mas trabalham com normalidade" e que "estão num processo de adaptação para procurar outras zonas nas que já pescávamos em outras épocas".