Carrefour no ponto de olha por "devaluar" o preço da fresa

Uma organização agrária assinala à corrente francesa e acusa-a de "afundar" ao comércio de bairro e de prejudicar aos agricultores com suas promoções

Fresas en un supermercado PIXABAY
Fresas en un supermercado PIXABAY

A estratégia comercial de Carrefour com as fresas não tem sentado nada bem aos produtores e assim lho têm feito saber à corrente francesa. A União de Pequenos Agricultores e Ganadeiros (UPA) em Huelva tem denunciado a "desvalorização" do preço da fresa que tem aplicado a empresa para o usar como reclamo promocional. "É uma falta de respeito aos agricultores e um menosprezo a seu trabalho", além de fazer um "magro favor à imagem de qualidade do produto", critica a organização agrária.

UPA tem argumentado que se trata de uma prática que Carrefour realiza desde faz várias campanhas e que consiste em oferecer tickets promocionais ou em presentear as fresas pela compra de outros produtos. A organização denuncia que a história se volta a repetir neste ano com uma promoção que oferece o primeiro quilo de fresa a 1,89 euros e o segundo a 0,57 euros, isto é, a 1,23 euros o quilo se o cliente se leva dois.

Também "afunda" ao pequeno comércio

A organização considera que a prática de Carrefour é "especialmente sangrante num momento no que há muito baixa produção por um atraso na campanha devido ao frio e se estava a pagar um preço razoável por quilo". Ademais, considera que esta estratégia também prejudica ao pequeno comércio, que se vê afectado como os consumidores podem pensar que nestes estabelecimentos se estão a inflar os preços, "uma mensagem que não é verdadeiro", defende UPA.

Esta entidade também entende que a pandemia do coronavirus tem provocado danos irreparables a milhares de autónomos do comércio tradicional de bairro e asevera que ofertas assim contribuem a "afundar mais ao sector e deveriam obter uma rejeição social maioritário".

"Devem aprender de Lidl"

Carrefour "volta a perder a oportunidade de respeitar o trabalho de seus provedores agrícolas pagando um preço justo por seu trabalho", joga em cara a organização à empresa gala.

Ademais, considera que Carrefour "deveria de aprender de outras correntes de supermercados de sua mesma faixa, como Lidl" que tem chegado a um acordo com UPA Jaén para pactuar em 2,6 euros o preço mínimo de compra ao agricultor do quilo de azeite de oliva procedente de explorações tradicionais, "dando assim uma retribuição justa a estes agricultores", esgrime a entidade.

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