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As vendas de pan e bollería se desploman pela pandemia e as mudanças de hábitos
A diminuição da facturação no sector tem sido milionária e prevê-se que não recuperar-se-ão as cifras de 2019 até, ao menos, 2023
Ainda que não o pareça, o impacto da pandemia também se deixou notar nas panaderías e pastelerías. Apesar de que durante os meses do confinamiento estrito estes estabelecimentos e os supermercados permaneceram abertos, as cifras falam por si sozinhas. Segundo os dados da Associação Espanhola da Indústria de Panadería, Bollería e Pastelería (Asemac), as vendas do sector reduziram-se o 20 % em 2020.
O descenso na venda de bollería é o mais acusado e em 2020 contraiu-se o 20,7 % em frente aos registros do ano anterior. No mesmo período, a facturação da panadería reduziu-se em 133 milhões de euros (-15,7 %) e a de massas congeladas diminuiu em 242 milhões de euros (-17,6 %).
Más previsões
Entre os motivos que explicam a queda das vendas se encontram os efeitos da pandemia e das condições legais impostas à população para prevenir os contágios. "Confinamiento de vários meses primeiro, fechamento do canal horeca --hotéis, restaurantes e cafeterias-- depois, queda do turismo a níveis de 1960 e crises do pequeno comércio alimentar pela desconfiança da freguesia a aceder a espaços fechados", tem explicado Felipe Ruano, presidente de Asemac.
A organização estima que as cifras do primeiro trimestre deste ano não melhorarão devido ao fechamento intermitente de bares e restaurantes em algumas comunidades autónomas. Ademais, argumenta que a lentidão no processo de vacunação em frente ao coronavirus também não ajudará à recuperação do sector. Face ao segundo trimestre de 2021, Asemac aponta que "não será tão mau como o do ano passado". No entanto, estima que até 2023 não recuperar-se-ão as cifras de 2019. "A crise económica tem umas consequências mais longas que a sanitária", sublinha Ruano.
O pão embalado ganha terreno
O presidente de Asemac também destaca que outro factor que tem incidido no desplome do sector tem que ver com mudanças nos hábitos de compra e de consumo. Assim, esgrime que nos lares se passou dos pães de corteza, que se costumam entregar dentro de uma carteira, a pães que já estão embalados.
"A bollería tem sofrido mais ainda por seu importante peso no canal horeca e sua presença em eventos e reuniões presenciais, onde se consome tanto em cafés da manhã, meriendas ou formatos on the go", agrega Ruano.
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