Agora é legal: o Governo dá luz verde aos supermercados para racionar a venda de produtos

O Executivo permite a limitação de compra-las aos consumidores em "circunstâncias extraordinárias" ou "de força maior" para evitar o desabastecimiento

productos supermercado eroski
productos supermercado eroski

Ainda que a Lei 7/1996 de Classificação do Comércio Varejista assegura que "os comerciantes não poderão limitar a quantidade de artigos que podem ser adquiridos pela cada comprador", o Governo tem dado luz verde aos supermercados para o fazer em "circunstâncias extraordinárias ou de força maior", como a guerra de Ucrânia.

O objectivo com esta prática é evitar o desabastecimiento e garantir o acesso dos consumidores em condições equitativas, tal e como recolhe o Plano de Resposta ao impacto económico do conflito bélico publicado no Boletim Oficial do Estado (BOE).

Limitar a venda, por exemplo, de azeite de girasol

El palé de Lidl de aceite de girasol sin stock / CG
O palé de Lidl de azeite de girasol sem estoque / CG

"Excepcionalmente, quando existam circunstâncias que o justifiquem, os estabelecimentos comerciais poderão suspender com carácter temporário a proibição prevista sobre limitar a quantidade de artigos que possam ser adquiridos pela cada comprador", assinala agora o novo apartado em dita norma.

O Executivo precisa que estas medidas deverão estar justificadas e adoptar-se-ão de maneira proporcionada quando seja necessário. "O importante é que façamos um telefonema à responsabilidade. Às vezes, produzem-se alarmes guiados pelo nervosismo", tem afirmado a ministra de Transportes, Mobilidade e Agenda Urbana, Raquel Sánchez, nos corredores do Congresso dos Deputados.

O nervosismo do consumidor

A titular de Indústria tem afirmado que "às vezes se produzem verdadeiras alertas e alarmes que geram comportamentos quiçá guiados mais pelo nervosismo", e tem acrescentado que se trata de medidas que têm que servir para transmitir uma mensagem de tranquilidade à cidadania, ao tecido produtivo e a empresas.

"Todos devemos ser responsáveis nesse sentido. As comercializadoras e supermercados também. Isso é o mais importante num contexto complicado", tem realçar. Poucos dias após iniciar-se a invasão a Ucrânia, a Associação Espanhola de Revendedores, Autoservicios e Supermercados (Asedas) avisou de que algumas empresas de distribuição alimentar estavam a adoptar medidas de limitação de venda de azeite de girasol devido ao "comportamento atípico" do cliente que se tinha produzido.

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