Rico mas a mais de 100 euros o quilo: este é o marisco que muito poucos desfrutarão este Natal

Os consumidores desviam sua despesa a outras opções estas festas ante a subida desmesurada do preço do carabinero

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Chega o Natal, e com ela a época das comidas e jantares. Neste ano os anfitriões contam com uma complicação extra à hora de impressionar a seus convidados com as viandas, como é a escalada de preços dos produtos, derivada das subidas nas facturas da gasolina e a luz. Quais são os produtos mais caros face a estas festas?

Para dar resposta a esta pergunta, Consumidor Global tem visitado o Mercado de Tirso de Molina (Madri) e, depois de falar com dependentes e encarregados de fruterías, pescaderías, talhos, charcuterías e pollerías, a conclusão não tem podido ser mais clara: a estrela deste Natal é o carabinero.

Um marisco de 60 euros, a 100

Desde a pescadería O Cantábrico asseguram que "uma semana dantes de Natal costuma subir muito de preço a almeja, a merluza, a gamba ou o rape, que já está a subir". No entanto, destacam que "o carabinero está a um preço desorbitado, não baixa dos 100 euros o quilo". Segundo especificam, seu preço normal a cada ano situa-se ao redor dos 60 euros.

Devido a esta subida tão notória, neste estabelecimento estão seguros de que "provavelmente muita gente não o compre". No entanto, mostram-se tranquilos, devido à fidelidade de uns clientes que seguem indo ano após ano a comprar pescado.

Gambas y carabineros en un mercado / PIXABAY
Gambas e carabineros num mercado / PIXABAY
 

Uma subida do 50 %

Desde o posto de pescados e mariscos Antonio Lázaro coincidem com esta visão. "Os pescados que costumam aumentar consideravelmente seu preço em Natal costumam ser o besugo e o rape: um besugo a mais de um quilo costuma sair a 60 euros o quilo, e o rape a 35 euros", explicam. No entanto, sublinham que "em marisco neste ano o produto estrela que tem subido uma barbaridad, quase um 50 %, é o carabinero" porque "tem tido muito pouca existência".

As subidas nos preços, segundo indica o responsável pelo estabelecimento, fazem que "para algumas pessoas os preços resultem prohibitivos". "Seguro que há gente que, pelas circunstâncias, não pode comprar certos produtos", assinala, ao mesmo tempo que reconhece que muitos de seus clientes "todos os anos consomem carabineros e neste ano já têm negado os pedidos ao lhes indicar o preço". "Não todos se podem gastar 100 euros num quilo de carabineros , é prohibitivo", assume.

Outros produtos também sobem

Ainda que o marisco, especialmente o carabinero, enfrenta-se ao duro repto de não perder freguesia devido à subida de preço, não é o único produto do mercado que aumenta seu valor em datas navideñas. Na frutería As Frutas de Ana especificam que "as fresas e as cerezas, ao não ser ainda de temporada, estarão mais caras". Por sua vez, desde o Talho Rafa apontam às paletillas de lechal e o solomillo de ternera como "os artigos mais caros que há e vai ter em Natal". "Os solomillos normalmente custam uns 38 euros o quilo e costumam estar caros todo o ano. O preço das paletillas costuma ser de 28 ou 30 euros, ainda que dispara-se 10 ou 12 euros mais em Natal", sustentam.

Quanto aos produtos de charcutería, desde Viver-presunto Século XX recalcan que "o lombo ibério e o de bellota estão a subir muitíssimo, porque não há". Também, dizem, "se está encareciendo muitíssimo o queijo de cabra, ao igual que o leite, que tem subido entre um 15 e um 20 %". Por sua vez, "os perus, capones e as pulardas são provavelmente os artigos mais caros" da pollería, comentam desde a Huevería Pollería Ángel. "Se no ano passado estava a 4,90 euros o quilo, neste ano tem subido um euro", valorizam.

Un plato de carabineros / PIXABAY
Um plato de carabineros / PIXABAY

Natais sem produtos do mercado?

Estes produtos sofrerão a mesma sorte que o carabinero? O encarregado da Huevería Pollería Ángel não acha que se for o caso a subida seja prohibitiva. "Nos mariscos, sim. Na pollería o peru tem subido bastante, mas ninguém vai deixar do comprar", garante. Desde o Talho Rafa opinam que seus clientes não mudarão seus hábitos de compra. "Quem consume solomillo todo o ano o faz esteja barato ou caro. E as famílias às que lhes tenha afectado a situação comprarão outro tipo de carne, como a de porco , que está muito económico", valorizam.

Desde o Talho Vicente Rodríguez falam do poder adquisitivo. "Terá para quem 10 euros seja uma barbaridad e para quem 50 não, depende da cada um. Não é que deixem de vir, mas terá coisas que algumas pessoas não possam comprar. Não é que não queiram se levar um produto, sina que nesse momento não possam chegar a esse preço por estar acima da média de seu orçamento", determinam. Apesar disto, desde a charcutería Viver-presunto Século XX têm esperança. "Em Natal a gente faz um esforço. Igual em lugar do presunto de bellota carísimo levam-se um inferior, mas a gente se esfuerza mais", concluem.

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