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A carne do porco ibério é inmune à mudança climática, segundo o CSIC
Um grupo de pesquisadores espanhóis têm monitorado vários animais durante dias para comprovar se existe uma perda da qualidade pelas condições climáticas
Do porco, até os andares, diz o refranero espanhol. Deste animal não só se aproveita todo a sina que, ademais, é inmune à mudança climática. Assim o assinalou uma investigação levada a cabo pelo CSIC.
A Estação Experimental do Zaidín (EEZ-CSIC) tem demonstrado que a carne do porco ibério mantém sua qualidade apesar das altas temperaturas vinculadas à mudança climática porque este ganhado porcino se adapta à adversidad com mecanismos biológicos para proteger do calor.
O porco mantém sua qualidade inclusive com altas temperaturas
Os resultados deste estudo contradizem a crença de que a gordura do porco perde marcadores como os níveis de ácido oleico, a uniformidade da cor rojizo do músculo ou a perda de água por gotejo com o calor.
A equipa de investigação espanhol confirma, por outra parte, que o organismo destes porcos se adapta à adversidad climática. E não só isso. Gera mecanismos biológicos para proteger do calor, como a produção de antioxidantes em frente ao envejecimiento celular. Esta reacção fisiológica estimula que os tecidos do porco adquiram outras qualidades como maiores níveis de zinco ou um incremento da matéria gordura infiltrada na musculatura do porco, que contribui um melhor aroma, ligereza e textura a sua carne.
Estrés térmico
O porco ibério alimenta-se de outono a inverno tanto de penso como do pasto, especialmente das bellotas que abundam nas dehesas, mas nos meses de verão o calor pode produzir mudanças em algumas de suas pautas vitais como a alimentação. Mais especificamente, na época estival os porcos ibérios passam mais tempo jogados no varro e diminuem sua ingestão.
"Até agora se pensava que, em consequência deste estrés térmico durante longos períodos de tempo, sua carne perdia qualidade, que é o que lhes ocorre a outras raças", tem explicado à Fundação Descobre a pesquisadora da EEZ-CSIC Isabel Seiquer. No estudo, os experientes analisaram 24 porcos ibérios e supervisionaram aos animais durante 35 dias. Depois do período de monitorização e experimentação, os cientistas analisaram no laboratório a carne dos porcos e comprovaram que a dos porcos ibérios que tinham vivido num meio mais cálido mantinha as qualidades.
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