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Alerta com o investimento em criptomonedas: no ponto de olha do Banco de Espanha
A CNMV e a entidade espanhola advertem dos riscos de investir em bitcoin e criptodivisisas similares devido a sua volatilidade e à falta de transparência
Investir em criptomonedas implica um "alto risco" por sua complexidade, volatilidade e falta de transparência. Assim de contundentes se manifestaram nesta terça-feira a Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) e o Banco de Espanha, que têm lançado um aviso a navegantes ante a euforia de ascensão do bitcoin, que tem disparado sua cotação após que Tesla anunciasse um investimento de 1.500 milhões de dólares --uns 1.250 milhões de euros-- nesta criptomoneda. Seu valor nestes momentos está em máximos históricos e na segunda-feira fechou sua cotação em 38.523 euros.
Num comunicado conjunto, as duas entidades recordam que nos últimos meses os preços de numerosas criptomonedas, entre elas o bitcoin e o ether --as mais duas utilizadas--, têm experimentado uma elevada volatilidade, que se viu acompanhada por "um aumento significativo da publicidade, em ocasiões agressiva, para atrair investidores".
Sem regulação
A CNMV e o Banco de Espanha também advertem de que ainda não existe um marco que regule as criptomonedas e proporcione garantias e protecção similares às de outros produtos financeiros, ainda que recordam que se está a negociar um regulamento (MiCa) para este âmbito.
Desde o ponto de vista legal, as criptomonedas não têm consideração de médio de pagamento, não contam com o respaldo de um banco central ou outra autoridade pública e não estão cobertos por mecanismos de protecção como o Fundo de Garantia de Depósitos ou o Fundo de Garantia de Investidores, acrescentam as duas entidades.
Desaconsejable para pequenos ahorradores
As criptomonedas são "instrumentos complexos que podem não ser adequados para pequenos ahorradores e cujo preço implica um alto componente especulativo que pode supor inclusive a perda total do investimento", asseguram ambos organismos.
Por outra parte, os preços das criptodivisas formam-se sem que existam mecanismos eficazes que impeça sua manipulação e sem informação pública que respalde sua evolução. Ademais, é habitual que os actores implicados neste tipo de operações não estejam localizados em Espanha e inclusive não seja possível sua localização, algo que dificulta a resolução de qualquer conflito.
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