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A Audiência Nacional pesquisará a suposta fraude de venda de material para prevenir ictus
O denominado caso Hispakom afecta a 1.500 prejudicados por esta fraude no que se viram implicados ao menos 17 pessoas que se faziam passar por empregados do serviço sanitário da Junta de Andaluzia
O Tribunal Supremo (TS) tem remetido à Audiência Nacional (AN) a investigação sobre uma suposta fraude realizada através da empresa Hispakom por parte de uma série de pessoas que se dedicavam a oferecer material sanitário para prevenir ictus a pessoas maiores enquanto se faziam passar por empregados do serviço sanitário da Junta de Andaluzia.
No denominado caso Hispakom viram-se implicados ao menos 17 pessoas que teriam actuado como uma organização criminosa através desta empresa arraigada em Úbeda (Jaén), se pondo em contacto com pessoas idosas utentes de serviços sociais ou do sistema de teleasistencia, e conseguindo baixo esta aparência marcar citas em seus domicílios, onde lhes ofereciam material sanitário para prevenir ictus ou doenças cardiovasculares.
Há 1.500 prejudicados no caso Hispakom
Mais especificamente, para que não ficasse refletir no contrato assinado com a entidade financeira, os pesquisados duplicavam o documento consignando como quantidade em numerário uma inferior à realmente paga. Assim mesmo, faziam assinar aos idosos um documento que lhes impedia desistir da venda dos produtos, se encarregando um dos pesquisados de retirar o embalaje para impedir que os prejudicados ao se dar conta do engano pudessem o devolver.
Ademais, os magistrados têm apontado que as quantidades abonadas pelos prejudicados eram ingressadas nas contas de alguns pesquisados, desde onde se desviava e se procedia a seu blanqueo. No registro realizado pela Policia civil em Hispakom interveio-se documentação da que resulta a existência de 1.500 prejudicados pelas manobras fraudulentas dos pesquisados, que residem em diferentes pontos do território espanhol.
O Alto Tribunal remete à AN o caso devido a sua grande magnitude
Por isso, o Tribunal Supremo tem justificado a decisão de atribuir à Audiência Nacional a concorrência aludindo ao elevado volume de prejudicados possíveis detectados pela investigação.
Desta maneira, a Sala do Penal responde a uma questão de concorrência e atribui a mesma sobre estes factos ao titular do Julgado Central de Instrução Número 5, Santiago Pedraz, que será o encarregado de assimilar a instrução que até o momento correspondia ao Julgado de Instrução Número 1 de Úbeda.
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