A Agência Espanhola de Segurança Alimentar e Nutrição (Aesan) recebeu a notificação do Ministério de Previdência da presença do vírus da hepatitis A em uma análise realizada numa partida de fresas procedentes de Marrocos com destino Andaluzia. A partir desse momento, como assinala o protocolo nestes casos, se alertou de maneira imediata em toda Espanha.
"Informamos à autoridade competente, a Junta de Andaluzia este incidente, para pôr a seu serviço toda a informação disponível das análises e que a Junta pudesse tomar as decisões que considerasse convenientes", informa o organismo a Consumidor Global.
Não, não têm chegado aos supermercados
Por sua vez, o presidente da Junta de Andaluzia, Juanma Moreno, assegura que as fresas procedentes de Marrocos infectadas de hepatitis A "não deveriam ter chegado nunca a Espanha". Não obstante, depois de localizar à revendedora deste lote, a mesma revendedora assegurou-lhe que não têm chegado a pôr no mercado.
Assim mesmo, este meio tem consultado à Associação Espanhola de Revendedores, Autoservicios e Supermercados (Asedas) sobre a comercialização das fresas contaminadas. "Não temos nenhuma constancia de que se vendam em nenhum dos supermercados espanhóis e entendemos que este produto infectado não está muito estendido no território nacional", confirmam.
O importador das fresas
Ainda que, não se alertou até o 5 de março, foi o 19 de fevereiro quando os 1.500 quilos de fresas infectadas com hepatitis A chegaram a Espanha, concretamente viajaram de Marrocos a Andalucía através do Porto de Algeciras. O Executivo andaluz explica que segundo a versão do importador, que é da província de Huelva, o produto estava vendido mas o comprador não as recolheu e as fresas se puseram más pelo que não se distribuíram ao consumidor.
"Estamos a fazer todas as verificações oportunas para nos assegurar de que não têm sido distribuídas e, sobretudo, que não têm sido consumidas, que é o que nos preocupa", segundo tem indicado o presidente andaluz. "A notícia até agora é tranquilizadora no sentido de que, localizado o revendedor, nos diz que não têm sido comercializadas, mas vamos fazer todas as verificações para certificar que, efectivamente, ninguém tenha consumido esses produtos que estão infectados, por assim o dizer", tem recalcado.
Mais controle
Por último, Moreno tem reclamado ao Governo central que "examine os protocolos que tem estabelecidos e que evite estas situações quando chegam produtos de terceiros países a nosso país". Assim mesmo, tem fazer# questão de que a fronteira exterior compete ao Governo da nação, que tem que actuar e controlar o que entra em Espanha.
"É importantíssimo controlá-lo em função dos protocolos no âmbito sanitário e no comercial", segundo Juanma Moreno, quem tem assinalado que há "uma queixa constante e permanente de muitos sectores produtivos e de muitos cidadãos sobre a falta de atenção, interesse e dedicação que põe o Estado em controlar estes produtos".