Dentro do mercado dos complementos para emagrecer pode-se encontrar de tudo, desde suplemento alimentares até supostos medicamentos naturais. Desgraçadamente, na maioria dos casos, trata-se de produtos que garantem resultados exitosos, mas que podem acabar sendo perigosos para a saúde de quem os consomem ou ingerem.
O problema, ademais, agrava-se quando estes extras se vendem através de internet, já que para as autoridades é muito complicado controlar a venda de ditos remédios, que se publicitan como naturais através de portais site ou lojas on-line. Ademais, muitos apresentam-se como milagrosos, feitos a base de plantas e ervas, mas, quem proporciona ao consumidor a segurança de que isto seja verdadeiro e não prejudique a saúde de ninguém?
Cápsulas para emagrecer
Em novembro de 2020, a Agência de Medicamentos e Produtos Sanitários (AEMPS) advertiu num comunicado dos possíveis riscos para a saúde do consumo das cápsulas Li Dá Daidaihua. Esta solução para emagrecer, apresentada como uma opção natural, não tinha medo em garantir uma diminuição de importância. No entanto, entre seus componentes encontra-se a sibutramina, um elemento que não se reflete em seu etiquetado. Esta substância "provoca, principalmente, um aumento da tensão arterial, coisa que pode ser perigoso para as pessoas hipertensas, com sobrepeso ou com excesso de colesterol no sistema circulatorio", explica Josep Lluís Torres, pesquisador do Instituto de Química Avançada de Cataluña (IQAC).
Segundo o escueto comunicado da AEMPS, quem não tem querido acrescentar mais informação ao com respeito à equipa de Consumidor Global, a sibutramina é um princípio activo supresor do apetito que proporciona uma sensação de saciedade. No entanto, desde a agência anunciam que não está permitido o uso desta substância como parte da composição de medicamentos, mais especificamente, de fármacos para tratar a obesidad.
Promessas que não se cumprem
As cápsulas como as Li Dá Daidaihua são, para alguns utentes, esse prego ardendo ao que se apanhar para reduzir uns quilos a mais. No entanto, muitas vezes os consumidores não são conscientes do que realmente tomam e como tratam seu corpo. Assim, ainda que estes complementos alimentares assegurem certos efeitos beneficiosos e se vendem como naturais, à hora da verdade escondem bem mais do que reflete sua prospecto. "Este tipo de suplementos são uma fraude. Alguns os vendem como produtos naturais, mas as empresas se calam algumas substâncias que contêm e isso é perigoso, já que os vendem como medicamentos", assegura Torres. O pesquisador do IQAC insiste, ademais, em que todos os componentes que levam estes remédios, "sempre se devem detalhar na etiqueta da embalagem".
Ademais, no caso concreto de Li Dá Daidaihua, a AEMPS descobriu efeitos adversos em pessoas que tinham consumido este suplemento se cobrando, inclusive, uma vítima mortal. "As pessoas que tenham comprado este produto, deveriam atirar ao lixo e se já lho têm tomado, que vão a um médico sem alarmarse", acrescenta Torre.
O problema da venda em internet
Ainda que compra-las on-line estão à ordem do dia, "nenhum medicamento que requeira receita médica pode ser vendido através de portais site", recorda a AEMPS. Não obstante, algumas destas soluções para emagrecer não estão consideradas como fármacos, pelo que não precisam receita e, portanto, é bastante complicado supervisionar sua comercialização. Por este motivo, Rafael García, CEO da loja Dietética Ferrer, assegura que "o consumidor deve entender que, para adquirir estes suplementos por internet, primeiro há que obter informação a respeito deles, isto é, saber sua composição e se são de qualidade".
Ademais, sublinha Rafael, "os produtos que dizem ser naturais, e o são realmente, procedem de marcas reconhecidas e autorizadas e, por isso, as farmácias apostam por eles e os vendem desde faz tempo".
Quem podem tomar este tipo de suplementos e por quanto tempo
Nestes casos, os experientes sempre abogan por um consumo responsável e, se pode ser, baixo a supervisão de um médico para não prejudicar nem mermar a saúde do paciente. Segundo García, há pessoas que podem requerer deste tipo de tratamentos que, ademais, não contam com nenhum limite de idade.
No entanto, é importantíssimo saber a composição da cada produto. A partir daí, e depois de consultar com o médico especialista, pode-se-lhe recetar um complemento segundo seu corpo ou seu estado de saúde. "Normalmente aconselha-se uma quantidade de uma ou duas cápsulas ao dia, mas sempre segundo a pessoa e os componentes do suplemento", acrescenta García.
Recomendações saudáveis para perder peso
E enquanto a AEMPS trabalha para retirar do mercado este complemento adelgazante e, inclusive, bloquear a venda através de diversos sites, que se pode tomar ou fazer para emagrecer com cabeça?
García recomenda seguir uma dieta saudável e fazer exercício para começar um tratamento de adelgazamiento, em lugar de "confiar tanto em remédios que prometem milagres". Assim mesmo, "pode-se recomendar algum tipo de complemento para agilizar o tratamento, mas sempre acompanhado de uma dieta equilibrada e baixo a supervisão de um especialista. "O que não é lógico é comer mau e consumir pastillas para emagrecer", conclui este comerciante.