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A metade das lojas de roupa jogará o fechamento dantes de abril
A patronal das empresas do comércio têxtil adverte de que as vendas caíram mais do 50 % em janeiro e reclama ajudas para o sector
A metade das lojas de roupa está em risco de extinção. A restrições pela terceira onda do coronavirus e o temporal Filomena, que deixaram sem efeito as rebajas, têm sido golpes demasiado duros para os comércios têxteis, que em janeiro é quando mais caixa fazem. No entanto, o arranque do ano tem sido muito negativo e tiveram uma queda de vendas do 53,2 % em frente ao mesmo mês de 2020, segundo os dados da Associação Empresarial do Comércio Têxtil, Complementos e Pele (Acotex). De facto, em 2020 as vendas do sector já se contraíram um 38,9 % com respeito a 2019 pelo impacto do coronavirus.
Com estas cifras e no contexto actual, a metade do comércio têxtil e de complementos que figurava cadastrado dantes da pandemia do Covid-19 jogará o fechamento dantes de mediados de março, um 25 % adicional às liquidações de negócios que já tiveram lugar no ano passado, assegura Eduardo Zamácola, o presidente da patronal Acotex.
Perda de 100.000 postos de trabalho
Esse dado é "tremendamente negativo" e o pior para um arranque de exercício nos últimos 20 anos, assegura a Efe Zamácola, que também adverte de que o mais gordo ainda está por chegar. Se não há ajudas directas, o presidente de Acotex estima que fevereiro "será a puntilla" para o sector, com outra perda adicional de uns 100.000 postos de trabalho e uma corrente de fechamentos "importante" quando termine a temporada de inverno --mediados de março--".
O sector acumula onze meses consecutivos de queda de vendas. Zamácola considera que "o músculo se esgota, já não há pulmão e muitos comércios estão a esperar a liquidar seus negócios".
Pouca fé na campanha de verão
Para além da temporada de inverno, o sector também não mostra-se optimista face à próxima campanha de verão. Zamácola considera que não será igual que a última, "em onde se produziu um erro estratégico e de relajación" contra o vírus, e condiciona os resultados ao ritmo de vacunação.
Moda de lar, cama noite e moda desportiva são os subsectores menos afectados pela crise, enquanto na categoria nupcial, marroquinería ou roupa de festa e eventos a situação é "um drama".
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